O motorista que dirigia o caminhão que atropelou e matou o gari Lucas Gouveia Castor da Silva, 27, prestou depoimento na Delegacia-geral da Polícia Civil, nesta terça-feira, 16. As circunstâncias do atropelamento ainda estão sendo investigadas pela Delegacia de Trânsito, comandada pelo delegado Carlos Reis.
"Está bastante abalado, mas estamos apurando todas as evidências para saber até onde vai a questão da responsabilidade dele em relação ao fato", disse o delegado.

No depoimento, o motorista contou que o veículo estava em movimento, quando Lucas fez um movimento para pegar uma carteira de cigarros e caiu. Outros dois colegas de Lucas serão ouvidos na sexta-feira.

"É precipitado a gente fazer juízo de valor nesse momento. Vamos coletar outras evidências, temos apenas a versão do motorista, vamos ouvir outras pessoas", disse Reis.

A polícia solicitou imagens de prédios próximos de onde aconteceu o acidente, inclusive do edifício onde a equipe estava coletando o lixo.

ATROPELAMENTO - Lucas foi atropelado enquanto trabalhava na noite desta segunda-feira, na Avenida Humberto Mendes, às margens do Riacho Salgadinho. Ele morreu no local, antes mesmo da chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.

O motorista contou à polícia que Lucas teria se abaixado para pegar uma carteira de cigarros e que ouviu a orientação "adianta, motor", para seguir viagem e que pouco depois ficou em choque ao constatar que o colega de trabalho estava estendido no chão.

A empresa responsável pela contratação dos garis ainda não se pronunciou. Já a Prefeitura de Maceió, informou que dará todo apoio aos familiares do gari e que também quer entender as circunstâncias do acidente.