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Porta-bandeira do Brasil, Raquel Kochhan teve câncer de mama e dividiu rotina na web até recuperação: 'Importância do autocuidado'

Atleta descobriu tumor após os jogos Olímpicos de Tóquio

Agência O Globo - 26/07/2024
Porta-bandeira do Brasil, Raquel Kochhan teve câncer de mama e dividiu rotina na web até recuperação: 'Importância do autocuidado'

Escolhida como porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris, Raquel Kochhan é atleta de ponta do rúgbi. E vem ainda para os novos jogos com um gostinho de recomeço. Nos últimos dois anos, a catarinense passou por um tratamento intenso contra o câncer de mama. Nas redes sociais, ela fez questão de mostrar as diferentes etapas que passou, como um lembrete para outras mulheres se cuidarem.

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"Meu objetivo é enfatizar a importância do autocuidado e da prevenção. Quanto mais cedo a gente consegue descobrir, mais fácil é resolver o problema", disse Raquel, em um dos vídeos no Instagram.

A atleta descobriu um caroço nos seios um pouco antes de disputar as Olimpíadas de Tóquio. Inicialmente, aparentava ser um tumor benigno.

"Minha mãe foi diagnosticada com câncer de mama aos 46 anos. Acabou sendo um pouco cedo. O que gera uma tensão para todos os filhos. Desde muito cedo fiz todo acompanhamento ginecológico e autoprevenção. Um pouco antes das Olimpíadas de Tóquio apareceu um caroço no meu peito. Assim que eu identifiquei, fui conversar com minha ginecologista, fiz os exames necessários para ficar livre de preocupação. Inicialmente, foi tudo tranquilo, fui diagnosticada com fibroadenoma, então seria tranquilo, um tumor benigno, não seria problema nenhum", disse.

Mas ao sofrer uma lesão no joelho, por conta do esporte, Raquel passou por novos exames e viu que outras células cancerígenas estavam em seu corpo.

"Infelizmente, tive uma lesão no joelho, que me afastou dos campos. Nesse período meu mastologista optou pela retirada desse fibroadenoma. Porque era um carocinho razoavelmente grande, tinha 4 cm de diâmetro, então, optamos por retirar. Na retirada, na biópsia dessa parte, foram encontradas células cancerígenas. O que redobra a importância de ter descoberto isso cedo", disse.

No período de se abrir nas redes sociais, a jogadora de rúgbi mostrou o momento em que raspou os fios do cabelo, se filmou momentos antes da quimioterapia e mostrou a quantidade de remédios que estava tomando.

"Compartilhando, pra quem tiver curiosidade, uma tarde do dia de tratamento oncológico. Como o câncer 'não tem cura', o tratamento deve ser constante. Então, a cada 21 dias eu tenho uma sessão de 'tratamento oncológico'. Nessa sessão são feitas aplicações de medicamentos bloqueadores do meu tipo de câncer", disse em uma das postagens.

Nas legendas, ela mostrava o pensamento positivo. Mas também não deixava de dividir incertezas, porque as vivia também.

"Algumas pessoas me perguntam sobre os próximos passos, e infelizmente também não sei responder. Em alguns momentos, vivo 'dias escuros', sem saber ao certo se poderei voltar a competir, mas prefiro olhar pro lado bom e aproveitar cada momento", disse em um post, em setembro do ano passado.

E quando veio a notícia de que estava habilitada a voltar a jogar, em dezembro do ano passado, veio uma enxurrada de alegria e agradecimentos.

"'Jogue cada jogo como se fosse o último'. Essa frase parece clichê, porém não sabemos o dia de amanhã, e se não tiver outra oportunidade? Nosso destino é imprevisível, e tudo muda o tempo todo. Uma lesão de LCA em maio de 2022 acabou se tornando um longo tratamento contra o câncer de mama. Muito aprendizado e crescimento pessoal, tenho muitas pessoas a agradecer nesse processo principalmente minha família e meus amigos que sempre estiveram do meu lado e fizeram todo esse processo ser leve', iniciou Raquel, em dezembro do ano passado, que citou na sequência toda equipe médica do período: "Teriam ainda mais pessoas porém a publicação ficaria muito longa (mais do que já está) e o foco dela é anunciar que terei a oportunidade de estar em campo novamente nesste final de semana".