Intérprete de Inácia de " Renascer", Edvana Carvalho passou por muitas dificuldades na Bahia, mas nunca perdeu o brilho no olhar. Em alguns momentos, a atriz vivenciou momentos em que já tentaram baixar a autoestima dela, mas a baiana nunca se deixou abater. Segundo a artista, ela sofreu bullying na época do colégio por causa de seu corpo.

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— Na adolescência, sempre queriam baixar minha autoestima, ainda mais numa época onde ser preto era feio. Diziam que eu queria ter uma profissão de rico. Eu era dentuça e muito seca. Os meninos me chamavam de Olívia Palito... Você mora mal, come mal, não está dentro dos padrões... Mas eu era forte. Então isso não me fez desistir — conta.

Apesar dos xingamentos, ela também era considerada como uma menina inteligente e esperta.

— Me diziam: “Os meninos te tratam como a mais inteligente, mas você não é bonita e eles não vão te namorar” . Talvez por isso eu tenha me dedicado mais aos estudos, já que ninguém queria me namorar. Agora todo mundo quer, e eu que não quero — afirma.

Edvana Carvalho conta como encara o racismo

Edvana Carvalho conta que, por ter sido criada por mulheres fortes, se tornou uma pessoa de muita coragem.

— Tem dias em que eu gostaria de ser só bonita e gostosa, sabe? Ou ser só atriz, sem ser atriz preta. Por que não posso fazer uma vilã desgraçada? Aí respondem: “A gente não quer botar uma preta hoje em dia no papel de megera”. Gente, sou atriz! O que deveriam fazer é me pagar um salário igual ao de uma atriz branca. Dizem que sou popular. Faço o que tem que ser feito. Se me derem uma publicidade de supermercado, faço supermercado. Se me derem uma de joalheria, faço joalheria. Todo mundo tenta colocar o ser humano em caixinhas — pontua.