Política
Michelle Bolsonaro proíbe coligações com partidos de esquerda 'por razões óbvias' e cria canal de denúncias
Decisão do PL Mulher critica posicionamentos a favor de Nicolás Maduro e reforça determinação do presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto
A ex-primeira dama Michelle Bolsonaro emitiu nesta quinta-feira uma nota conjunta com o PL Mulher, ala do partido que ela comanda, proibindo "qualquer tipo de coligação com partidos de esquerda". O comunicado descreve como justificativa a existência de "razões óbvias" e cita como exemplo o apoio de partidos brasileiros à releição de Nicolás Maduro, na Venezuela. A criação de um canal de denúncias para alianças consideradas irregulares também foi anunciada.
Disputa na Justiça: Partido de Bolsonaro acusa Lula de propaganda política e pede ao TSE exclusão de pronunciamento oficial
'Querem prestar serviço a Bolsonaro?': Gleisi rebate PSDB por ação contra pronunciamento de Lula
"As razões para essa decisão são óbvias. Para exemplificar, basta ver o que está acontecendo na Venezuela e quais partidos brasileiros estão se manifestando favoráveis àquele regime ditatorial. Não queremos que o Brasil tenha esse mesmo destino", diz a nota.
No comunicado, a ex-primeira dama faz referência à vitória de Nicolás Maduro no país vizinho, contestada pela oposição venezuelana e por líderes políticos mundiais. No Brasil, a executiva nacional do PT reconheceu Maduro como "presidente reeleito" e caracterizou o processo como "uma jornada pacífica, democrática e soberana".
A presidente do PL Mulher também afirma que a quantidade de municípios no país dificulta a possibilidade de "saber tudo o que acontece". Por conta disso, a sigla deve receber as denúncias por e-mail até o dia 15 de agosto, o prazo final para registro de coligações na Justiça Eleitoral.
Entenda: Por que Michelle aparece nas pesquisas como o nome mais forte do bolsonarismo para 2026?
O comunicado também orienta que as queixas devem conter o nome da cidade; os partidos integrantes da coligação; fotos e documentos que comprovem a aliança e tenham as datas dos registros; nome dos candidatos filiados ao PL envolvidos e outros detalhes para comprovar as acusações.
O posicionamento da ala feminina do PL vai na mesma direção da decisão do presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, de vetar o apoio de políticos bolsonaristas a candidatos de outros partidos. De olho no desempenho do partido nas eleições municipais deste ano, Valdemar emitiu um aviso interno em maio que dizia que a sigla monitora manifestações de seus quadros nas redes sociais e ressaltou que "traições" não serão toleradas.
Mais lidas
-
1NA NOITE DESTE DOMINGO
Assaltantes morrem, viatura capota e policiais são feridos em perseguição em Colônia Leopoldina
-
2CASA LEGISLATIVA
Vereador Pedrinho Gaia abre sucessão para presidência da Câmara de Palmeira dos Índios
-
3RESPALDADO EM 85% DE VOTOS
Luciano Barbosa: liderança consolidada em Alagoas mira 2026 com campanha de agradecimento até na capital
-
4NO SERTÃO
Homem é morto a tiros na calçada de casa em São José da Tapera; suspeito é preso após tentativa de fuga
-
5EDUCAÇÃO
Professora Juliana Fernandes inspira alunos com gestão humanizada e acolhedora