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Rebeca Andrade tem parceria de ouro desde a infância com o técnico Francisco Porath e até já morou com a família dele: 'Sou como um pai'
Estrela da ginástica brasileira já conquistou duas medalhas nos Jogos Olímpicos de Paris: um bronze na disputa por equipes e uma prata na individual feminina
Estrela da ginástica brasileira, Rebeca Andrade já conquistou duas medalhas nos Jogos Olímpicos de Paris, um bronze na disputa por equipes e uma prata na individual feminina. Ela se apresenta novamente neste sábado, às 11h20, na final do salto. Ao garantir seu lugar no pódio da competição individual, o seu post no Instagram foi em homenagem a seu treinador, Francisco Porath Neto, mais conhecido como Chico. Rebeca e Chico formam uma dupla que transcende a relação de treinador e atleta, com dezenas de declarações públicas de afeto nas redes sociais.
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"Eu te amo! Obrigada por fazer acontecer mais uma vez! O melhor treinador do mundo!", declarou a ginasta brasileira na última quinta-feira (1), que, com as conquistas dessa Olimpíada, se tornou a mulher brasileira com mais medalhas em Jogos Olímpicos, acumulando quatro no total.
A ginasta foi introduzida ao esporte com apenas 6 anos por uma tia que trabalhava como cozinheira no ginásio de esportes local em Guarulhos (SP). Logo quando começou a treinar, seu talento natural e físico potente foram identificados e ela já começou a se destacar. Francisco Porath Neto, conhecido como Chico, entrou na vida de Rebeca nessa época, em 2006, pouco depois dela começar a treinar.
"Sou como um pai que pode estar na arena de competição. Eu participei dessa criação, desse desenvolvimento da Rebeca criança, adolescente e agora mulher com uma personalidade forte. São duas emoções, a do treinador e da pessoa que cuida dela”, explicou o técnico principal da seleção brasileira feminina em entrevista ao site oficial das Olimpíadas durante os Jogos Pan-Americanos Santiago 2023.
E Chico é realmente quase como outro pai que a vida deu a Rebeca. Aos 10 anos, ela se mudou para Curitiba para treinar e passou a morar na casa do treinador, estabelecendo uma relação de cumplicidade e confiança mútua, longe do estereótipo do treinador carrasco. Antes disso, ainda em Guarulhos, ela já morava com os treinadores durante a semana, por conta de dificuldades financeiras da sua família.
"Graças a Deus, a gente tem uma ótima relação, com a família dela também. Ela veio morar com a gente um tempo e isso fez com que criasse esse vínculo", disse Chico.
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Antes de Rebeca, a única mulher brasileira campeã mundial de ginástica artística havia sido Daiane dos Santos, que treinava com o ucraniano Oleg Ostapenko. Sua compatriota Irina Ilyashenko permaneceu em Curitiba, e em 2000 recebeu um novo estagiário de educação física chamado Francisco. Sem experiência em ginástica de alto rendimento, Chico aprendeu tudo do zero e hoje divide com Irina o comando da seleção feminina.
"“Nunca fui atleta de alto rendimento. Fazia estágio numa escolinha e do lado a seleção brasileira de ginástica treinava com a Iryna e o Oleg. Eu pedia para olhar”, contou Chico, que eventualmente conseguiu uma vaga no cobiçado time: “O início é bem braçal. Aprendi tudo do zero. Ensinar as crianças a fazer espacate, os nomes dos elementos”.
Rebeca, por sua vez, reconhece a importância do apoio de seu treinador e da equipe para seu sucesso.
"Chico olha para mim e sei que confia em mim. Eu olho para ele e confio nele. Se acontecer qualquer coisa, a gente vai se sentir sempre orgulhosos. Isso me tranquiliza", afirmou a ginasta à "BBC".
Rebeca já tinha ganhado uma prata no individual geral em Tóquio 2020. Chico afirma que esse foi um dos momentos mais recompensadores de sua carreira:
"A primeira medalha [feminina] do Brasil, com chances enormes de ser campeã olímpica, foi nos décimos. Ela encantou a Olimpíada. As pessoas passavam por mim na vila olímpica e falavam que ela tinha que ter ganhado. Claro que a americana (Sunisa Lee) mereceu o ouro, mas o brilho e a história da Rebeca marcaram. Ela é minha campeã Olímpica."
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