Política
Ramagem promete acabar 'aos poucos' com o BRT e define segurança como mote da campanha
Em sabatina do g1, candidato do PL à prefeitura do Rio disse que projetos de Eduardo Paes são 'de fachada'
Candidato do PL à prefeitura do Rio, Alexandre Ramagem disse nesta terça-feira (6), em sabatina do portal g1, que pretende acabar aos poucos com o modelo de BRT na cidade. O deputado federal também traçou a segurança pública, área na qual o governo do estado tem mais poder de atuação, como prioridade da campanha.
Perguntado em mais de um momento sobre o BRT, Ramagem afirmou que “aos poucos, com toda a certeza”, pretende dar fim ao sistema. O plano dele passa por substituir o modal por veículos sobre trilhos, algo que a própria gestão da prefeitura já planeja a longo prazo — há um projeto em fase de estudos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
— Todos esses projetos do Eduardo Paes são fachada, não têm funcionalidade e não atendem à função econômica — alegou Ramagem. — O que ele fez na Avenida Brasil é um desrespeito com a população. Temos que diminuir.
Segundo o candidato do PL, deveria haver uma maior integração entre os diferentes modais de transporte, incluindo os municipais e os estaduais.
Na linha de parceria com o estado, outro tema abordado por Ramagem foi a segurança pública. Ele definiu a área como prioritária da campanha, e precisou se equilibrar entre a afinidade política com o governador Cláudio Castro (PL) e as críticas à atual situação do Rio.
— O mote para o Rio de Janeiro é trabalhar a ordem pública, que é transversal a todos os problemas do Rio de Janeiro. Se não olharmos para a ordem pública, nada mais sobrará — apontou. — Eu apoio a atual política (de segurança). O governador Cláudio Castro fez diversos investimentos nas forças de segurança. Aumentou a remuneração de policiais civis e militares, chamou mais concursos, está enfrentando a criminalidade. Agora, uma força estadual não pode sozinha cuidar disso.
Nessa linha, o candidato criticou a “falta de integração” da prefeitura com o governo. E defendeu um protagonismo municipal na segurança. Ao analisar o papel da Guarda Municipal, disse que ela deveria ser armada.
— Queremos revitalizar a Guarda, fazer mais concurso, capacitá-la e armá-la. Queremos chegar a 14 mil homens, dobrar o orçamento da Guarda.
O armamento, de acordo com ele, não seria “em sua totalidade”, e sim em alguns casos, depois de treinamentos.
Abin
Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ex-diretor da Abin, Ramagem também precisou responder sobre problemas que assolam seu grupo político. Entre eles, o caso da “Abin paralela”, no âmbito do qual é suspeito de participar do monitoramento ilegal de adversários políticos, integrantes do Judiciário e jornalistas.
Como costuma fazer, o candidato negou que tenha orquestrado o esquema. Disse que o sistema usado para o monitoramento foi adquirido no governo Michel Temer (MDB) e que “nós (governo Bolsonaro) que apuramos que poderia ter alguma disfuncionalidade na utilização”.
A fim de se desvencilhar do esquema, reconheceu que parecia haver internamente algum tipo de uso privado do sistema, mas sem passar pelo comando da agência.
— Se houve uma Abin paralela, foi com as pessoas internas do departamento interno que nós apuramos. Se um diretor da polícia compra um armamento, ele não é o responsável pelo erro da pessoa lá na ponta — comparou.
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