Partido do governo, o PT deve chamar ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que são filiados à sigla para tratar sobre a participação deles nas campanhas municipais. O encontro, que ainda não foi oficialmente convocado, deve ocorrer nos próximos dias.

A expectativa é que ministros do PT recebam pedido para separarem parte do tempo de suas agendas, fora do horário de expediente, para se dedicar às campanhas do partido ou de aliados, principalmente nas cidades prioritárias.

Ao todo, 10 ministros são filiados ao PT. São eles: Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Fernando Haddad (Fazenda), Cida Gonçalves (Mulheres), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Anielle Franco (Igualdade Racial), Marcio Macêdo (Secretaria-geral), Wellington Dias (Desenvolvimento Social), Camilo Santana (Educação) e Paulo Pimenta, atualmente na função de ministro extraordinário para a reconstrução do Rio Grande do Sul.

Quanto aos ministros filiados a outros partidos, não deve haver nenhum pedido específico além dos já feitos pelo presidente Lula: para que não subam em palanques de pessoas que criticam o governo federal.

Na semana passada, Lula ressaltou em reunião ministerial que os integrantes do governo não podem subir em palanques nas eleições de candidatos que ataquem o governo federal. De acordo com participantes, o petista enfatizou, na parte fechada da reunião, que se forem entrar nas campanhas municipais, os ministros têm o dever de defender a gestão da qual fazem parte.

O PT não estabeleceu uma meta para as eleições deste ano, mas com base nos resultados dos últimos pleitos, mas acha que há possibilidade de conquistar 265 prefeituras, considerando que 88% dos prefeitos petistas estão em primeiro mandato, logo, aptos a reeleição. O partido vê chances de vitória em Porto Alegre, Belo Horizonte, Vitória, João Pessoa, Fortaleza, Teresina, Goiânia e Cuiabá.