O empresário e apresentador Silvio Santos, morto aos 93 anos no sábado, foi enterrado na manhã deste domingo (18) no Cemitério Israelita do Butantã, na Zona Oeste de São Paulo. Em respeito ao desejo do apresentador, a cerimônia foi restrita a familiares e amigos próximos, sem acesso ao público ou fãs. O corpo de Silvio Santos foi sepultado pouco antes das 9h, em uma cerimônia breve, que durou cerca de 20 minutos.

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Entre os presentes estavam sua esposa Íris Abravanel, as filhas, o neto Tiago Abravanel e amigos como o cabeleireiro Jassa, o apresentador Celso Portiolli, o humorista Carlos Alberto de Nóbrega e o casal Cesar Filho e Elaine Mickely. Silvio foi enterrado ao lado de seu irmão Leonel Abravanel, falecido em 1982.

A filha Daniela Beyruti, ao deixar o cemitério, foi a única a falar brevemente com a imprensa, agradecendo o carinho e as mensagens de apoio.

— Obrigada, viu. Obrigada. A todos nós, que ele fazia parte de todos nós — disse, acenando para os presentes.

Último adeus de fãs

Do lado de fora, a movimentação de fãs foi discreta, mas marcada por demonstrações de carinho. Apesar da cerimônia fechada, algumas pessoas foram até o local para se despedir, expressando o impacto que Silvio Santos teve em suas vidas. Entendendo o quanto Silvio Santos significava para milhões de brasileiros, a família Abravanel deixou uma carta aos fãs na entrada do cemitério, agradecendo o apoio e reforçando o pedido do apresentador de que sua despedida fosse discreta.

“Ele pediu para, assim que partisse, o levássemos para o cemitério para uma cerimônia judaica. Ele pediu para que não explorássemos sua passagem. Ele gostava de ser celebrado em vida e gostaria de ser lembrado com alegria de viver”, dizia o texto.

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Ritos judaicos

A cerimônia seguiu os ritos da tradição judaica, religião do empresário. Conforme o costume, o corpo foi preparado pela Chevra Kadisha, organização responsável pelos rituais funerários judaicos. Após ser lavado e envolto em uma mortalha branca simples, o corpo foi colocado em um caixão fechado, atendendo à crença de que exibir o corpo seria um desrespeito.

O sepultamento foi realizado com rapidez, conforme a tradição, que preconiza que o enterro ocorra o mais rápido possível para que a alma do falecido encontre repouso. A cerimônia incluiu leituras da Torá e palavras de despedida do rabino e de familiares. Cada um dos presentes ajudou a cobrir o caixão com terra, em um gesto simbólico de despedida e respeito.