Política
PT divulga cronograma de repasses de fundo eleitoral e vai priorizar candidatos em capitais
Para abastecer campanhas em todo o país, o PT terá R$ 619,9 milhões. O partido proibiu a transferência para postulantes de outras siglas, mas autorizou que a verba seja usada com candidatos a vice petistas
O PT já definiu o calendário de repasse de recursos do partido e começará a distribuir o fundo eleitoral a partir do dia 21 de agosto. O cronograma vai priorizar a distribuição dos recursos para candidatos a prefeitos nas capitais, apostas do partido para recuperar espaço depois de não eleger nenhum mandatário em capitais em 2020.
Os Diretórios Estaduais ficarão responsáveis pela transferência do dinheiro para cidades com menos de 100 mil habitantes.
Para abastecer campanhas em todo o país, o PT terá R$ 619,9 milhões. O partido proibiu a transferência para postulantes de outras siglas, mas autorizou que a verba seja usada com candidatos a vice petistas.
Com isso, o partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai ajudar na candidatura de Guilherme Boulos (Psol) para a prefeitura de São Paulo, que tem na sua chapa Marta Suplicy (PT). A cidade é uma das prioridades do partido e de Lula.
Pelo calendário, no dia 21 de agosto o partido fará o pagamento aos diretórios estaduais. No dia seguinte, será a data de pagamento para os candidatos a prefeitos de capitais.
No dia 23 de agosto, o partido fará o pagamento para candidatos a prefeitos de cidades acima de 100 mil eleitores, ou seja, onde haverá segundo turno.
Três dias depois, no dia 26 de agosto, é a vez dos candidatos a prefeitos de cidades entre 100 mil e 200 mil eleitores receberem a verba, e no dia seguinte, o dinheiro será repassado para os candidatos a vereadores.
Por fim, candidatos a vereador em cidades acima de 200 mil habitantes receberão os recursos do fundo no dia 28 de agosto e os candidato a vereador de cidades entre 100 mil e 200 mil habitantes no dia 29 de agosto.
A resolução petista estabelece que 30% dos recursos sejam direcionados para candidaturas de mulheres. Os candidatos negros deverão ficar com uma quantidade de recursos equivalente ao percentual de candidatos negros diante ao total de postulantes.
São Paulo é prioridade
Como GLOBO mostrou, integrantes da legenda afirmam que os repasses para a campanha pela prefeitura de São Paulo será substancial. A candidatura de Boulos é tratada como prioridade pelo presidente Lula, que tem pressionado por resultados positivos na campanaha.
Boulos tem como principal adversário o atual prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB), apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. A disputa está altamente nacionalizada e o resultado é visto como simbólico de uma disputa entre Lula e Bolsonaro.
A avaliação entre os petistas é que uma derrota do candidato PSOL traria ônus político para o presidente, dada a sua participação e envolvimento com a campanha na capital paulista. Neste sábado, Lula participará da convenção que vai referendar a chapa de Boulos e Marta.
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