Política
Paes diz que portas do PSD estão abertas para Romário, em crise no PL: ‘Tapete vermelho’
Senador do partido de Alexandre Ramagem declarou voto no prefeito na eleição do Rio
Durante o processo de fritura do senador Romário no PL, motivado pela declaração de voto dele no prefeito Eduardo Paes na eleição do Rio, o candidato à reeleição abriu as portas do PSD para o ex-jogador, que seria recebido de “tapete vermelho” no partido. O PL tem o deputado federal Alexandre Ramagem como adversário de Paes na disputa, mas o baixinho não aderiu à campanha, o que motivou pedidos de punição na sigla.
— Ter o senador Romário ao nosso lado no PSD seria uma enorme honra. Tapete vermelho para ele, e todos nós aqui no Rio em posição de sentido — disse o prefeito ao GLOBO.
O deputado federal Pedro Paulo, presidente estadual do PSD e aliado de Paes, já havia sinalizado ontem um convite ao ex-jogador.
— Seria um luxo (a ida de Romário para a legenda). O PSD cuidará do senador Romário igual o Cruyff (lendário jogador e treinador holandês) cuidou do jogador no Barcelona. Aqui ele escolhe camisa, treina quando quiser e está liberado para o Carnaval — afirmou.
Apesar de ambos terem concorrido ao governo do estado em 2018, Paes e Romário têm um histórico de parceria na política do Rio. O senador também é influente na indicação de pessoas para cargos na prefeitura.
Niterói
Além da capital fluminense, Romário irritou o PL em Niterói, onde o candidato Carlos Jordy foi preterido. Por lá, o senador apoia Rodrigo Neves (PDT).
Ramagem e Jordy foram escolhidos diretamente pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e concorrem em colégios eleitorais considerados "estratégicos" para o PL, já que o Rio é o berço do bolsonarismo e eventuais derrotas seriam simbólicas.
Líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes diz que o assunto será discutido no partido e define o que o senador faz como "infidelidade partidária". Pessoas próximas à cúpula da sigla asseguram que Romário será chamado para conversar sobre as decisões com o presidente nacional da legenda, Valdemar da Costa Neto. Outros caciques do PL também se mostraram contrariados com as decisões individuais do senador.
A relação entre o ex-jogador e o PL já não vinha sendo das melhores nos últimos anos. Durante a campanha de 2022, ele pouco se envolveu na tentativa de reeleger Bolsonaro, e, por outro lado, o ex-presidente era simpático a outros dois candidatos ao Senado: Daniel Silveira e Clarissa Garotinho.
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