Cidades

Revitalização do Lago do Goiti: uma obra de 6 anos e mais de 13 milhões que não resolveu o problema de poluição

16/09/2024
Revitalização do Lago do Goiti: uma obra de 6 anos e mais de 13 milhões que não resolveu o problema de poluição

Após seis longos anos de espera e um gasto exorbitante de mais de 13 milhões de reais, a tão esperada revitalização do Lago do Goiti foi finalmente inaugurada neste domingo (15). No entanto, o que deveria ser uma transformação profunda do local revelou-se um verdadeiro engodo para a população. A obra foi entregue completamente diferente do projeto original e, para piorar, não resolveu o principal problema: a despoluição do açude, que continua a receber dejetos de bairros próximos.

Durante a apressada inauguração, ficou evidente que o lixo, o mato e a lama que contaminavam o lago não foram removidos, apenas encobertos pela água para mascarar a situação. Em vez de melhorias substanciais, o que a população recebeu foi uma cerca de madeira ao redor do açude, uma barraca improvisada no lugar do antigo Gota D'água, novas lâmpadas espalhadas pelo local, uma pracinha com intertravados e grama. Na diminuta Praça da Índia, a construção de um quiosque desproporcional, que mais parece um mastodonte, não faz sentido. O chafariz da índia, não funciona, e a estátua continua sem se banhar nas águas do equipamento.



Enquanto isso, políticos com a "cara passada no óleo de peroba" estiveram presentes para anunciar a obra como se fosse a maior já realizada em Palmeira dos Índios. O prefeito Júlio Cezar celebrou o resultado como "lindo e incrível", mas a realidade mostra outra face. A obra, anunciada com pompa, é superficial e insuficiente, deixando claro que o investimento milionário não foi capaz de resolver os problemas centrais do açude.

Com tão poucas mudanças de impacto real e tanto dinheiro envolvido, a pergunta que ecoa entre os moradores é: como justificar esse gasto milionário? O Lago do Goiti, que deveria ser uma vitrine de revitalização, permanece poluído e mal cuidado, refletindo mais uma vez a incapacidade das gestões públicas de realizarem melhorias verdadeiramente significativas para a população.