Variedades
David Gilmour fala sobre chance de voltar aos palcos com Roger Waters: 'Certamente não'
Lançando primeiro álbum solo em nove anos, guitarrista do Pink Floyd também comentou com preocupação o atual estado da indústria musical: 'A quantidade de pessoas que ganha dinheiro fica cada vez menor e mais rica'
O guitarrista do Pink Floyd, David Gilmour, de 78 anos, falou sobre o estado atual da indústria da música e a possibilidade de reconciliação com Roger Waters, 81, seu ex-companheiro de banda, numa entrevista a leitores do jornal inglês "". Gilmour está lançando seu . Questionado sobre a chance de voltar aos palcos com Waters, com quem há décadas e , ele foi claro:
Nick Mason:
De The Police a Led Zeppelin:
"Certamente não. Eu tendo a me manter longe de pessoas que apoiam ativamente ditadores genocidas e autocráticos como Putin e Maduro. Nada me faria dividir o palco com alguém que acha que esse tratamento às mulheres e à comunidade LGBT é OK. Por outro lado, eu adoraria voltar ao palco com Rick Wright, que foi uma das pessoas mais gentis e musicalmente talentosas que já conheci", respondeu Gilmour, se referindo ao .
Roger Waters, 80 anos:
Na entrevista, Gilmour também expressou preocupação sobre o atual estado da indústria musical, ao responder uma pergunta sobre a hipótese da criação de uma taxa sobre ingressos de shows para alimentar um fundo em apoio a música popular no Reino Unido. Com a queda nas vendas de discos ocorrida desde o surgimento da internet e a queixa quanto aos baixos royalties pagos pelos serviços de streaming, artistas se tornaram cada vez mais dependentes da renda de shows: "A indústria musical é difícil hoje em dia. Para quem está gravando, a recompensa não se justifica. Os ricos e poderosos desviaram a maior parte do dinheiro."
Gilmour destaca que teve "a sorte de fazer parte dos anos dourados, quando havia uma fatia muito melhor indo para os músicos", por isso diz ser a favor de qualquer ideia que possa tornar mais fácil viver da profissão e estimule a criatividade: "O músico que trabalha hoje tem que sair do estúdio e tocar ao vivo — não consegue sobreviver de outra forma. Não consegue só com o processo de gravação e isso é uma tragédia, porque não encoraja a criação de novas músicas. Não é a melhor época, pois gradualmente todo o trabalho se move para robôs e IA, e a quantidade de pessoas que ganham dinheiro fica cada vez menor e cada vez mais ricas."
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