Cidades
Prefeito Júlio Cezar inicia "passaralho" na Prefeitura de Palmeira dos Índios em busca de apoio para sua candidatura a deputado em 2026
A corrida política para as eleições de 2026 já começou nos bastidores da Prefeitura de Palmeira dos Índios. O prefeito Júlio Cezar, conhecido por seu estilo centralizador, iniciou um verdadeiro "passaralho" no quadro de servidores comissionados. Essa medida já começou a afetar aliados e membros de famílias influentes na política local, gerando tensão nos corredores do poder.
O clima político na prefeitura está tenso. Aqueles que têm compromissos com outros candidatos a deputado em 2026 que não seja o “imperador” estão sendo removidos de suas funções na administração municipal, em uma verdadeira "limpa" nos bastidores da política local.
O primeiro alvo desse movimento foi a família do ex-vereador Pedro Alberto. Pedro, que ocupava o cargo de secretário de gabinete civil, sua esposa Joelma, diretora na Secretaria de Educação, e seu filho Pedro Henrique, secretário de Defesa Civil, foram todos exonerados de seus cargos. O motivo? A família apoia a reeleição do deputado Chico Tenório, parente dos Alberto, em vez de Júlio Cezar.
Outra exoneração importante foi a de Jaime Farias, liderança comunitária de Canafístula, que ocupava o cargo de coordenador do transporte universitário. Farias, que já havia sido superintendente da SMTT, não havia declarado apoio a ninguém, mas entrou no bolo. A situação se repete com Karoline Gaia, esposa de Rodrigo Gaia e nora do ex-conselheiro Edval Gaia. Karoline foi exonerada de seu cargo, já que seu marido, Rodrigo Gaia, apoia Lelo Maia para deputado estadual.
A pressão do prefeito não para por aí. Pedrinho Gaia, vereador reeleito e pré-candidato à presidência da Câmara Municipal, também foi alvo da ira de Júlio Cezar. O vereador tem compromisso com o deputado Alexandre Ayres, o que gerou uma forte discussão entre os dois. O "imperador" busca garantir a unanimidade de apoio à sua candidatura, e qualquer desvio de fidelidade parece ser intolerável.
Nos bastidores, comenta-se que Júlio Cezar também tem ambições de assumir um cargo de secretário de governo antes de concluir seu mandato como prefeito. Ele plantou através da imprensa paga pelo erário municipal essa ideia, mas isso pode causar desconforto entre os deputados estaduais, já que o prefeito está afastando da prefeitura aliados que são apoiadores dos parlamentares.
A movimentação política de Júlio Cezar, marcada por exonerações e pressões internas, revela uma tentativa de consolidar sua base para a eleição de 2026, ao mesmo tempo em que enfraquece seus concorrentes locais. A expectativa agora é sobre como essa estratégia será recebida pelos eleitores e pelos próprios aliados do prefeito, que podem se ver em uma encruzilhada entre suas alianças e a liderança do "imperador".
A eleição de 2026 já começou e promete esquentar ainda mais nos próximos meses, com exonerações, alianças rompidas e uma forte pressão para garantir a hegemonia de Júlio Cezar rumo às eleições de 2026.
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