Internacional
Analista: Netanyahu aproveita EUA ocupado com as eleições para trocar ministro da Defesa
Demissão do ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, no dia mais importante das eleições dos EUA está ligada ao desejo de Netanyahu de aliviar a pressão de Washington sobre sua decisão, disse observador político israelense à Sputnik.
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu demitiu, nesta terça-feira (5), o ministro da Defesa Yoav Gallant após meses de discussões sobre as guerras em Gaza e no Líbano e política interna.
Netanyahu justificou a demissão a uma "perda de confiança" no ministro da Defesa.
A medida desencadeou uma tempestade de críticas a um Israel já dividido sobre a política interna e a maneira como as guerras em Gaza, no Líbano e o conflito de procuração mais amplo com o Irã estão sendo travadas. A demissão também ocorre na esteira de prisões ligadas a uma investigação sobre o vazamento de documentos confidenciais de Defesa para a imprensa.
A decisão de Netanyahu recebeu críticas internas, uma delas veio de Benny Gantz que atuou como ministro da Defesa de Israel entre 2020 e 2022, que chamou a demissão de Gallant de "política às custas da segurança nacional".
Enquanto isso, o líder da oposição parlamentar Yair Lapid pediu aos israelenses que fossem às ruas para protestar contra a demissão.
Momento da demissão está ligado aos EUA
Yoav Gallant foi demitido no dia da eleição dos EUA para que seus "contatos nos Estados Unidos não pudessem exercer pressão sobre o governo Netanyahu porque eles estão muito, muito ocupados e não se importam neste momento", disse Ori Goldberg, especialista em política israelense e do Oriente Médio, à Sputnik, comentando sobre o momento da decisão de Netanyahu.
Para o lugar de Gallant, Netanyahu nomeou Israel Katz, então ministro das Relações Exteriores do país.
Goldeberg afirma que a troca foi puramente política e que Katz não tem muito mais a oferecer que seu antecessor.
Israel Katz é "completamente incompetente, independentemente de qualquer posição ministerial que ocupe, o que o torna a melhor opção porque ele não tem nada a oferecer a Netanyahu além de lealdade".
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