Internacional
Ímpeto do Reino Unido na Ucrânia está 'caindo', diz ex-secretário de Defesa
O esforço do Reino Unido para ajudar a Ucrânia foi prejudicado sob o governo trabalhista, disse Ben Wallace, ex-secretário de Defesa do governo conservador, à BBC.
Londres já enviou incríveis £ 12,8 bilhões (cerca de R$ 94,9 bilhões) em assistência de segurança a Kiev, incluindo £ 7,8 bilhões (mais de R$ 57,8 bilhões) em armas – ajuda que a Rússia alerta que só contribui para prolongar o conflito.
"Tenho realmente a sensação de que esse ímpeto caiu, e minha experiência de governo é que se você realmente quer conduzir as coisas, você tem que realmente fazer isso todos os dias", ressaltou Wallace.
Ele acrescentou que "você não pode simplesmente fazer uma declaração e depois ficar por aí", em um aparente aceno às observações anteriores do primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, de que os aliados deveriam "aumentar" o apoio a Kiev.
Wallace afirmou que uma das razões pelas quais o governo conservador forneceu armas à Ucrânia foi para mostrar quem estava dando ordens. O Reino Unido "tomou uma posição para liderar e a liderança trouxe muitos e muitos europeus para nosso lado", disse o ex-secretário de Defesa.
"A liderança que o Reino Unido demonstrou desde o início começou a cair junto ao coletivo [de aliados ocidentais]", de acordo com Wallace.
Os comentários vieram depois que o The Guardian citou um funcionário do governo ucraniano sob condições de anonimato dizendo que Starmer "não está nos dando armas de longo alcance", uma referência aos Storm Shadow, mísseis de cruzeiro de longo alcance de alta precisão, fabricados no Reino Unido. "A situação não é a mesma de quando Rishi Sunak era primeiro-ministro. O relacionamento piorou", admitiu o funcionário.
O último ataque de um Storm Shadow reivindicado pelos militares ucranianos ocorreu em 5 de outubro.
O Reino Unido forneceu ao regime de Zelensky um total de £ 7,8 bilhões em apoio militar desde o início da operação militar especial russa em 2022.
Moscou alertou repetidamente os países ocidentais contra o fornecimento de armas a Kiev, o que o presidente russo Vladimir Putin criticou como "um passo sério e perigoso". O Kremlin considera os apelos para suspender as restrições ao uso de armas fornecidas pelo Ocidente pela Ucrânia contra a Rússia "irresponsáveis" e "perigosos em termos de suas consequências", prometendo que Moscou responderá na mesma moeda.
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