Na manhã desta quarta-feira, 13 de novembro de 2024, a Câmara Municipal de Palmeira dos Índios ficou vazia, sem quórum suficiente para dar continuidade aos trabalhos legislativos. Apenas quatro vereadores – Adelaide França, o presidente da Câmara Ronaldo Raimundo Jr., César Tenório e Dindor – compareceram à sessão. A ausência dos demais parlamentares, em um momento crítico de decisões sobre a futura Mesa Diretora, deixou clara uma estratégia política em andamento.

Nos bastidores, a ausência em massa foi interpretada como um movimento de pressão sobre o prefeito, apelidado de “imperador”, para que atenda às demandas específicas do grupo de vereadores ausentes. A votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é apontada como a moeda de troca nas negociações para a eleição da Mesa Diretora. Caso o Executivo ceda aos pedidos, ainda há tempo para que a LDO seja aprovada, seja nas próximas quatro sessões ordinárias, seja em sessões extraordinárias, caso necessárias.

A questão que agora ecoa nos corredores da Câmara e na administração municipal é: até que ponto o prefeito estará disposto a ceder, novamente, aos desejos dos vereadores em prol de uma “paz legislativa”? E o que exatamente buscam esses parlamentares? O desfecho das negociações será observado de perto, uma vez que a condução da Câmara em 2025 dependerá dessa eleição da Mesa Diretora.