A aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2025 em Palmeira dos Índios já antecipa um cenário de desafios para o gabinete da vice-prefeita eleita, Sheila Duarte (PT). Destinando apenas R$ 16.974,00 por mês ao gabinete da vice-prefeitura, a administração deixa transparecer um desinteresse evidente em oferecer estrutura para o exercício pleno das funções de Sheila nos próximos dois anos de mandato.

Além da verba para o gabinete, o salário da vice-prefeita estabelecido em R$ 12 mil bruto, montante que, após os devidos descontos, deve reduzir-se a aproximadamente R$ 8 mil líquidos. O quadro levanta uma questão fundamental sobre a autonomia e a real capacidade de atuação de uma vice-prefeita com orçamento restrito. O contraste entre a função do cargo e o apoio orçamentário reservado levanta dúvidas sobre o valor que o município atribui ao papel da vice-prefeitura e à própria relevância do cargo em sua estrutura administrativa.

Em termos práticos, a limitação financeira significa que as possibilidades de Sheila Duarte executar ações, projetos e um trabalho significativo que vá além da figura simbólica do cargo serão comprometidas. Sem uma estrutura financeira que respalde a vice-prefeitura, o que se espera é uma gestão política dependente de esforços externos ou submetida a pressões limitantes.

Esse cenário de limitação no suporte ao gabinete e ao salário da vice-prefeita é visto por muitos como uma “síndrome do decorativo”, reforçando um padrão em que o vice assume um papel figurativo, destituído de recursos e autonomia para contribuir de fato com o governo. A resposta a essas questões poderá definir a relação entre os eleitos e os anseios da população de Palmeira dos Índios por uma administração mais comprometida com todas as esferas do poder executivo.