Brasil
Investigações da PF indiciam Bolsonaro, Braga Netto e aliados por tentativa de golpe de Estado
Polícia Federal (PF) concluiu, nesta quinta-feira (21), o relatório da investigação sobre tentativa de golpe de Estado. Entre os indiciados estão o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Braga Netto e outros 35 aliados.
A decisão se refere ao inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder, mesmo após a derrota do ex-presidente para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022.
Na conclusão da PF, que possui mais de 800 páginas, consta o nome de 37 pessoas, entre elas aliadas do ex-presidente, em especial o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.Os indiciados vão responder por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes está ouvindo, neste momento, o ex-ajudante de ordens do então presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, no bojo das investigações da tentativa de golpe recentemente revelada pela PF que previa — com rigor de planejamento — a sua própria prisão e execução, além das execuções do presidente eleito Lula e seu vice-presidente Geraldo Alckmin.
Em relatório enviado a Moraes, a PF aponta que Mauro Cid descumpriu os termos da delação, dificultando assim as investigações, apesar de a defesa do militar afirmar que não há razão para questionar sua conduta, aponta a Folha de S.Paulo.
Na terça-feira (19), a operação Contragolpe da PF prendeu cinco pessoas acusadas de tramarem o golpe: o general da reserva Mário Fernandes, ex-secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro, os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo e o policial federal Wladimir Matos Soares.
Segundo as investigações, o plano de golpe foi elaborado por Fernandes e discutido na residência do general Walter Braga Netto, então ministro da Defesa, candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro na eleição de 2022.
De acordo com as investigações, um material sensível relacionado a um plano de execução das autoridades federais foi encontrado em aparelhos eletrônicos de Mauro Cid, o que coloca em xeque seu acordo de delação premiada, uma vez que o delator não pode omitir nenhuma informação.
Confira os 37 nomes revelados pelo portal de notícias g1:
Por Sputinik Brasil
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