Internacional
Rússia pode implantar mísseis de médio e curto alcance na Ásia se mísseis dos EUA aparecerem lá
O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, não descartou a implantação de mísseis de médio e curto alcance na região da Ásia-Pacífico como uma medida de retaliação contra os Estados Unidos.
"É claro que esta é uma das opções que também foi mencionada repetidamente. O surgimento de tais sistemas dos EUA em qualquer região do mundo determinará nossos próximos passos, inclusive no campo da organização de uma resposta militar e técnico-militar", disse Ryabkov a repórteres, respondendo à pergunta se a Rússia está considerando a possibilidade de implantar mísseis de médio e curto alcance em países asiáticos.
O destino da moratória da Rússia sobre a implantação de mísseis de médio e curto alcance depende inteiramente da política dos EUA, disse o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, nesta segunda-feira (25).
"O presidente [russo Vladimir Putin] disse o que disse. A questão do posicionamento é exaustivamente refletida em sua declaração. Como antes, o que está acontecendo depende inteiramente da escolha que nossos oponentes farão neste momento extremamente alarmante e muito perigoso, e da linha que eles seguirão", disse Ryabkov.
Quando perguntado se isso significava que o destino da moratória dependia das ações dos Estados Unidos, Ryabkov respondeu afirmativamente.
Atualmente, não há restrições à implantação do novo míssil balístico de médio alcance Oreshnik da Rússia sob as obrigações internacionais existentes, disse o diplomata.
Ao mesmo tempo, o memorando de entendimento de 1998 entre a Rússia e os Estados Unidos sobre notificações de lançamentos de mísseis continua em vigor, disse Ryabkov, acrescentando que foi dentro da estrutura deste documento que a Rússia notificou os Estados Unidos sobre o lançamento de combate de teste do míssil Oreshnik.
Quando perguntado se os EUA tentaram entrar em contato com a Rússia após o lançamento de teste, o diplomata disse que não.
As bases dos EUA na Europa, incluindo aquelas onde armas nucleares táticas são implantadas, não são excluídas como alvos potenciais para a Rússia no caso de um hipotético conflito militar, disse Ryabkov.
"A lista de alvos sempre se enquadra na categoria dos elementos mais classificados do planejamento militar. Aqueles que lidam com essa questão profissionalmente entendem perfeitamente bem que tipo de objetos são considerados alvos prioritários em uma situação de um conflito hipotético. E os elementos do sistema avançado de implantação de ativos dos EUA voltados para nosso território, incluindo armas nucleares táticas, não são, é claro, de forma alguma excluídos", disse Ryabkov aos repórteres.
Por Sputinik Brasil
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