Internacional
Presidente da Coreia do Sul suspende lei marcial, diz agência sul-coreana
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, suspendeu a lei marcial imposta por ele mesmo mais cedo nesta terça-feira (3), informa a agência sul-coreana Yonhap. A decisão vem após uma decisão unânime dos parlamentares da Assembleia Nacional de não apoia
"Às 23h da noite passada [horário local], declarei lei marcial com a firme vontade de salvar o país contra forças antiestado que tentam paralisar as funções essenciais do estado e derrubar a ordem constitucional da democracia liberal", afirmou Yoon Suk-yeol.
"No entanto, retirei as tropas mobilizadas depois que a Assembleia Nacional exigiu que a lei marcial fosse suspensa. Suspenderei a lei marcial imediatamente, aceitando a demanda da Assembleia Nacional por meio de meu gabinete."
O decreto do presidente coreano fez com que a lei marcial fosse implementada na coreia pela primeira vez em 45 anos. Segundo a Constituição da Coreia do Sul, o presidente pode declarar o regime em caso de guerra, conflito armado, ou outra emergência nacional grave que necessite a intervenção do Exército para manter a ordem.
Segundo Yoon Suk-yeol, a medida foi necessária para proteger o país de "forças comunistas" ligadas à vizinha do norte, República Popular da Coreia e "proteger a ordem constitucional e a liberdade".
A decisão, contudo, foi tomada após o partido presidencial Poder Popular (PPP), sofrer derrotas legislativas para a oposição, liderada pelo Partido Democrata, com a diminuição no orçamento parlamentar e com a aprovação de dois pedidos de impeachment contra um auditor estatal e contra o procurador-geral.
Membros da Assembleia Nacional se reuniram no Parlamento unicameral da República da Coreia para votar a medida. Dos 300 deputados, 190 conseguiram entrar. Todos, de membros do partido do presidente à oposição, votaram contra a lei marcial.
Em seu anúncio, o presidente sul-coreano pediu ao Parlamento que parasse de interferir com o funcionamento regular do Estado.
"Peço ao parlamento que pare imediatamente com as ações irresponsáveis que paralisam o funcionamento do Estado devido a incessantes impeachments, manipulações legislativas, manipulações orçamentárias".
Por Sputinik Brasil
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