Brasil
Famílias ocupam prédio do governo federal em MS e cobram reforma agrária e apoio aos acampados
Na manhã desta quarta-feira (4), cerca de 400 famílias ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Campo Grande (MS).
A ação visa cobrar do governo federal maior celeridade na realização de vistorias e na aquisição de terras para novos assentamentos na região.
Os manifestantes também reivindicam a distribuição de cestas básicas, a reforma de casas em assentamentos já consolidados e a liberação de créditos para incentivar a produção agrícola.
O MST destaca que algumas famílias vivem há mais de 16 anos em acampamentos, aguardando a regularização de terras para serem assentadas.
O movimento aponta que as áreas destinadas a novos assentamentos já foram identificadas e apresentadas ao Incra, mas os processos seguem paralisados.
Segundo apurado pela Sputnik Brasil, os manifestantes dizem que a situação compromete não apenas a qualidade de vida das famílias acampadas, mas também a produção de alimentos, prejudicando o acesso a uma alimentação saudável e fortalecendo a insegurança alimentar no país.
Fontes ouvidas pela agência informaram que os manifestantes aguardavam contato com o superintendente regional do Incra para negociar suas demandas e organizar uma dispersão pacífica.
Até o momento, o diálogo formal ainda não foi estabelecido. O grupo reforça que a mobilização é parte de uma luta histórica pela terra e pela reforma agrária.
Durante a ocupação, uma viatura da Polícia Militar esteve presente no local por alguns minutos, mas não houve confronto. Segundo relatos, houve apenas diálogo entre os agentes e os manifestantes.
O assistente de gabinete e substituto do superintendente do Incra regional do MS, Adilson Nascimento, afirmou que estavam em viagens de trabalho no interior do estado e que há pouco receberam as demandas. "Adotei as medidas administrativas cabíveis no tocante a garantir que a manifestação mantenha seu caráter pacífico e seja respeitado o espaço público, os servidores e o patrimônio."
"A interlocução com as lideranças está em processo, para ouvir as reivindicações", disse.
Por Sputinik Brasil
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