Brasil
Polícia prende suspeitos de matar delator no Aeroporto de Guarulhos
A polícia de São Paulo prendeu neste sábado (7) três suspeitos de participar da execução do delator e empresário Vinícius Lopes Gritzbach, assassinado no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em 8 de novembro.
Os suspeitos foram ouvidos pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na capital paulista. Gritzbach foi morto a tiros por dois homens, como mostraram as câmeras de segurança do aeroporto.
"Houve a apreensão de munições e aparelhos de celular, que serão periciados. As investigações seguem sob sigilo", disse em nota a Secretaria de Segurança Pública (SSP).
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, comemorou a prisão do suspeito nas redes sociais.
"Após um trabalho de inteligência, policiais de ROTA acabam de prender um dos criminosos envolvidos no assassinato de Vinicius Gritzbach, ocorrido no aeroporto de Guarulhos. Ele foi preso com munições de fuzil e está sendo conduzido ao DHPP", publicou.
Vinícius Lopes Gritzbach fez um acordo de delação com o Ministério Público (MP) do Estado de São Paulo em março de 2024. O conteúdo da delação é sigiloso, mas o MP encaminhou à Corregedoria da Polícia trechos do documento em que o delator denuncia policiais civis por extorsão.
No dia do assassinato, ele carregava um mala com mais de R$ 1 milhão em joias e objetos, de acordo com o boletim de ocorrência do crime, registrado pela Polícia Civil na delegacia de Cumbica, bairro onde está localizado o aeroporto.
Em 31 de outubro ele foi ouvido na Corregedoria, oito dias antes de ser morto. Gritzbach também delatou um esquema de lavagem de dinheiro utilizado pelo grupo criminoso Primeiro Comando da Capital (PCC).
O empresário era investigado pela Justiça por lavagem de dinheiro, pelo menos R$ 30 milhões para o PCC, além de ser acusado de ser mandante do assassinato de dois integrantes da facção: Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue, motorista de Anselmo,m ortos em 27 de dezembro de 2021.
Em março, ele fechou acordo para delatar integrantes da facção criminosa, além de policiais envolvidos. Porém, Gritzbach recusou entrar no programa de proteção do governo.
Por Sputinik Brasil
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