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Expo Favela 2024 é palco de diversidade brasileira, africana e indígena (VÍDEOS)

São Paulo foi palco da Expo Favela Innovation Brasil 2024, neste final de semana, evento que aborda empreendedorismo e cultura para conectar os negócios das favelas às oportunidades do "asfalto".

Sputinik Brasil 08/12/2024
Expo Favela 2024 é palco de diversidade brasileira, africana e indígena (VÍDEOS)
Foto: © Sputnik / Guilherme Correia

Organizado pela Favela Holding, em parceria com a Central Única das Favelas (CUFA) e a InFavela, a feira reúne mais de 200 empreendedores selecionados de todo o Brasil, incluindo pessoas de diversos estados das cinco regiões brasileiras.

Rosangela Morais, a "Tia Ró", é de Salvador (BA) e foi ao evento para exibir seu trabalho com o fuxico, uma técnica africana de costura. Seu diferencial é usar esse método para confeccionar peças vestíveis, não apenas acessórios.

"Para além de ganhar dinheiro, a Expo Favela está sendo um espaço de grande troca e aprendizado, permitindo contato com investidores e um fortalecimento do meu network", afirmou. Segundo ela, a receptividade do público tem sido surpreendente.

"As pessoas se emocionam ao ver meu trabalho, se surpreendem com a ideia de ressignificar o fuxico, tirando-o do lugar comum do artesanal e transformando-o em moda."

"Reaproveitamos resíduos têxteis que seriam descartados no meio ambiente, que demorariam anos para se decompor. Com meu projeto, esses materiais ganham nova vida, se transformam em peças artísticas e de qualidade. Além disso, buscamos parcerias com marcas para promover essa conscientização".

O evento ocorre anualmente em vários momentos e diferentes cidades. A atual edição paulista conta com palestras de figuras como a jornalista Aline Midlej, o artista MV Bill e o produtor musical Kondzilla.

Além das palestras, há também os espaços Beleza das Favelas, um local para trancistas, manicures e profissionais de estética; o Favela Literária, com saraus, sessões de autógrafos e bate-papos; além da Feira Africana, com integrantes de países como Senegal, Moçambique, Togo, Gana, Nigéria, dentre outros.

O senegalês Ndiaga Sow vive há 11 anos no Brasil, ainda que visite sua terra natal com frequência. Segundo ele, que é escultor, o encontro é importante porque reúne pessoas de diferentes origens.

"Esse evento é muito importante, reúne pessoas de diferentes origens e culturas.” Sobre sua experiência no Brasil, Sow afirma que encontrou um ambiente acolhedor. "A vida tem seus desafios em qualquer lugar, mas aqui eu vivo tranquilo. Há pessoas muito boas no Brasil, assim como em outros lugares do mundo."