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Ministro da Economia da Alemanha diz que modelo de negócios do país 'está acuado'

As empresas alemãs estão encurraladas no contexto da política econômica do país, declarou o vice-chanceler alemão e ministro da Economia do Partido Verde, Robert Habeck. A situação se refere à grave crise que a economia alemã está atravessando e à inflaçã

Sputinik Brasil 15/12/2024
Ministro da Economia da Alemanha diz que modelo de negócios do país 'está acuado'
Foto: © AP Photo / Michael Sohn
"De qualquer forma, nosso modelo de negócio está realmente acuado. [...] A Alemanha é um país exportador, precisamos de mercados abertos. Donald Trump está fechando mercados, a China está fechando mercados e empurrando seus carros elétricos para todo o lado", destacou Habeck, em entrevista ao jornal Bild.

Em suas palavras, este é um dos principais problemas da indústria automobilística alemã. É claro que o fato de durante anos "não termos realmente investido em nossas infraestruturas, condições fiscais e trabalhadores qualificados também tem um impacto negativo agora", acrescentou, respondendo à questão sobre se o modelo de negócios alemão deixaria de funcionar sem gás barato russo.

Na Alemanha, a estagnação continua pelo quinto ano. O produto interno bruto (PIB) do país ajustado à inflação diminuirá 0,1% este ano, de acordo com a previsão do Instituto Alemão de Economia sobre a evolução das condições econômicas.

A grande maioria dos alemães está insatisfeita com a situação econômica do país e descreve-a como "má", destaca um estudo do YouGov. No entanto, poucos esperam que a situação melhore nas próximas décadas.

A Alemanha, tal como alguns outros países europeus, atravessa uma crise econômica aguda causada, entre outras razões, pela ruptura dos laços econômicos com a Rússia e pela proibição quase total de importar — como resultado de sanções antirrussas — energia de baixo custo da Rússia, nas quais se baseava a competitividade da indústria alemã.

A Rússia afirmou repetidamente que, ao recusar cooperar com Moscou, a União Europeia (UE) prejudicou a sua economia, como demonstrado pelo declínio da produção, falências empresariais e recessão nos países do bloco europeu. O presidente russo Vladimir Putin garantiu que o seu país não nega a ninguém o fornecimento de seus recursos energéticos. Nas suas palavras, a Europa esperava que, se não recebesse o gás russo, a Rússia entraria em colapso, mas, ao invés disso, é na UE que estão ocorrendo processos irreversíveis.

Bruxelas, no entanto, representada pela chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, continua insistindo em uma ruptura total com o setor energético russo e na rejeição definitiva da energia da Rússia em favor de fornecimentos alternativos mais caros, especialmente dos EUA.