Internacional

Taiwan recebe 38 tanques Abrams dos EUA visando reforçar as defesas contra táticas anfíbias da China

Taiwan recebeu seus primeiros tanques M1A2T Abrams dos Estados Unidos, visando aprimorar suas capacidades de combate contra potenciais operações anfíbias do Exército de Libertação Popular (ELP) da China.

16/12/2024
Taiwan recebe 38 tanques Abrams dos EUA visando reforçar as defesas contra táticas anfíbias da China
Foto: © Foto / Ministério da Defesa de Taiwan

Taipé recebeu um total de 38 tanques M1A2T Abrams dos EUA ainda na noite de domingo (15). Segundo o Ministério da Defesa de Taiwan, os veículos foram transportados na manhã desta segunda-feira (16) para o Comando de Treinamento de Blindados do Exército no condado de Hsinchu, ao sul da ilha.

Mais cedo, o Ministério da Defesa de Taiwan divulgou imagens dos tanques — pintados com camuflagem verde selva — sendo transportados em reboques de plataforma sob escolta policial e militar.

De acordo com o South China Morning Post (SCMP), além dos tanques, quatro veículos blindados de recuperação M88A2 foram entregues para dar suporte a futuros exercícios de treinamento militar.

Pequim criticou mais uma vez o envio de armas avançadas para Taiwan, reforçando que Washington deve interromper os contatos oficiais com a ilha, especialmente envolvendo ajuda militar, uma vez que este tipo de relação cruza linhas vermelhas estabelecidas pelo governo chinês e contraria o princípio de Uma Só China, reconhecido pelos EUA.

"Pedimos aos EUA que adiram ao princípio de Uma Só China [...] e parem de armar Taiwan ou apoiar e encorajar forças independentistas que tentam alcançar a independência por meios militares", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China continental, Lin Jian, nesta segunda-feira (16), segundo o SCMP.

Pequim já salientou em outras ocasiões que os sinais equivocados emitidos por Washington apenas prejudicam as relações China-EUA e aumentam as tensões na região e que a reunificação pacífica com Taiwan é um caminho natural e inevitável, uma vez que a China reconhece a ilha como sendo parte inalienável de seu território.

Por Sputinik Brasil