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Líderes europeus poderiam enviar suas tropas à Ucrânia, mas sem bandeira da OTAN, diz mídia
Aliados europeus de Kiev estão discutindo seriamente o possível envio de pessoal militar para a Ucrânia no caso de um acordo de paz entre Kiev e a Rússia, mas não sob a bandeira da OTAN, informou o jornal The Washington Post, citando fontes.
De acordo com o jornal, essa ideia foi discutida na quarta-feira (18) em Bruxelas, quando o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Mark Rutte, recebeu líderes europeus e Vladimir Zelensky.
Observa-se que o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, também tomou conhecimento da ideia quando se reuniu com o chefe do regime de Kiev e com o presidente francês Emmanuel Macron em Paris, no início de dezembro. Autoridades envolvidas nas negociações disseram ao The Washington Post que as discussões dos países sobre o plano ainda estão em um estágio inicial.
"No entanto, as autoridades envolvidas nas discussões disseram que o conceito de trabalho é que um grupo de países europeus poderia reunir uma força para ajudar a manter um cessar-fogo ou agir como um impedimento contra qualquer ataque russo futuro. Essa força não se reuniria sob a bandeira da OTAN, pois isso exigiria um consenso entre os membros da aliança e é visto como um obstáculo para a Rússia", disseram as fontes ao jornal.
O jornal ressaltou que a ideia promovida por Macron despertou o interesse do Reino Unido, bem como dos países bálticos e escandinavos. No entanto, não está claro quais países enviariam os militares e quantas pessoas eles estariam dispostos a fornecer. Para os líderes europeus, o envio de uma grande força de manutenção da paz exigiria apoio interno e recursos militares.
Analistas não identificados disseram ao jornal que dezenas de milhares de soldados seriam necessários para uma "força militar impressionante". Outras fontes, no entanto, observaram que Trump estava interessado na ideia de enviar militares para a Ucrânia, mas disseram que era difícil dizer se a ideia seria bem aceita pela administração dos EUA que chegaria ao poder em meio à formação de políticas do presidente eleito.
O jornal acrescenta que os líderes europeus veem o envio do contingente como uma opção para fornecer garantias de segurança a Kiev enquanto a questão de sua filiação à OTAN permanece sem solução.
Anteriormente, o departamento de imprensa do Serviço de Inteligência Externa da Rússia (SVR, na sigla em russo) informou que o Ocidente enviaria um chamado contingente de manutenção da paz de cerca de 100.000 pessoas para a Ucrânia para restaurar a capacidade de combate do país, o que se tornaria uma ocupação de fato do país.
Por Sputinik Brasil
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