O jangadeiro que fugiu após o naufrágio da jangada que conduzia, pode ser indiciado por lesão corporal grave e omissão de socorro, segundo a delegada Lucy Mônica, em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira, 27, Ela é responsável pela investigação do acidente, ocorrido na noite de quinta-feira, na Praia de Ponta Verde, em Maceió.

A delegada explicou que, dependendo da evolução do quadro de saúde de uma das 12 vítimas, as lesões poderão ser classificadas como graves. Ela disse, ainda, que o jangadeiro poderá responder por omissão de socorro, já que, tão logo a embarcação virou, ele nadou em direção à costa, abandonando as vítimas. “A situação foi caótica, e ele simplesmente fugiu, deixando todos no barco”, confirmou.

O acidente aconteceu enquanto a embarcação retornava das piscinas naturais e foi atingida por duas grandes ondas, vindo a virar. Os ocupantes foram resgatados por tripulantes de uma jangada que passava pelo local. Equipes do Corpo de Bombeiros continuaram com as buscas para garantir que não houvesse mais vítimas.

Uma mulher de 25 anos sofreu afogamento de grau 3 depois de bater a cabeça. Ela foi atendida pelos socorristas e encaminhada ao hospital pelo Samu.

Segundo a delegada, ela continua internada, intubada, devido a um afundamento craniano, mas a previsão é de que ela se recupere em 72 horas. “Uma outra vítima já foi localizada e será ouvida hoje à tarde”, acrescentou.

A informou que aguarda, ainda para esta tarde, o fornecimento de informações sobre os tripulantes pela Marinha. “Já enviamos um ofício e o capitão de fragata da Marinha nos fornecerá a identificação do marinheiro envolvido”, concluiu.