Brasil
Força Nacional anuncia reforços para aldeia indígena atacada a tiros no Pará
A Força Nacional informou neste sábado, que enviará reforço de agentes para a aldeia indígena Avá-Guarani, no Pará, após quatro indígenas terem sido atacados a tiros no local, na sexta-feira (3), dentre elas dois menores de idade. A região é palco de disp

A Polícia Federal (PF) investiga o ataque, que ocorreu na parte da noite, quando homens mascarados invadiram o local e dispararam com armas de fogo contra os indígenas da comunidade Yvy Okaju.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública informou por nota que determinou o aumento de 50% no efetivo da Força Nacional na área e equipes foram acionadas para intensificar o patrulhamento. O Ministério dos Povos Indígenas afirmou que está em diálogo com o Ministério da Justiça para a investigação imediata dos grupos armados que atuam na região.
A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), a Comissão Guarani Yvyrupa (CGY), a Articulação dos Povos Indígenas do Sul do Brasil (Arpin Sul), a Articulação dos Povos Indígenas do Sudeste (Arpin Sudeste) e o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) divulgaram nota conjunta de repúdio pela violência e com críticas à Força Nacional.
"A Força Nacional, que foi enviada à região por meio da Portaria Nº 812, do Ministério da Justiça, para atuar e https://noticiabrasil.net.br/20241127/selvageria-batalhao-de-choque-da-pm-invade-aldeia-indigena-no-ms-e-age-com-truculencia-videos-37518866.html, age, ao que parece, como se nada estivesse ocorrendo. Ao ser permanentemente acionada pela comunidade ou inclusive por instâncias do governo federal, relativiza as denúncias e chega sempre atrasada, depois que os indígenas já foram agredidos", diz a nota.
Segundo as entidades, dois jovens, um adolescente de 14 e um menino de 4 anos tiveram que ser internados no hospital da região devido aos ferimentos. Os menores receberam alta, mas os jovens seguem internados, um deles em estado grave.
"As imagens dos indígenas feridos são chocantes e estarrecedoras: indicam a ausência de pudor dos agressores e sinalizam para um desfecho trágico, se os órgãos competentes não tomarem medidas urgentes", comentaram as entidades.
A comunidade está localizada no município de Guaíra, na fronteira do Brasil com o Paraguai. De acordo com a PF, relatos dos moradores afirmam que este foi o quarto ataque em uma semana e uma casa foi incendiada no na noite de Réveillon, de acordo com as entidades representantes dos indígenas.
Para acabar com a violência e violações históricas na região as entidades defendem como única saída a demarcação da Terra Indígena Tekoha Guasu Guavirá.
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