Internacional
Exigência de Trump para aumentar gastos com defesa para 5% dos países da OTAN é inviável
O tema dos gastos com defesa não é novo para Trump. Conforme o presidente eleito, quando ele chegou ao poder no primeiro mandato, 21 dos 28 países da OTAN não cumpriam as suas obrigações de gastar 2% do PIB com defesa.
Nota-se que até mesmo em 2022, quando os gastos com defesa e o Exército aumentaram, nem todos conseguiram alocar a quantia para defesa. Segundo os dados da OTAN, apenas 23 países do bloco ultrapassaram o limiar em 2024. Por exemplo, o Canadá, a Itália e a Espanha se acostumaram a não pagar suficientemente. Então, Madri gasta apenas 1,28% do PIB com defesa.
Não é difícil entender, por que Trump não gosta dessa situação: embora o tamanho da economia de todos os parceiros de bloco seja igual ao tamanho da economia norte-americana, os EUA gastam duas vezes mais, do que todos os outros membros da aliança, juntos.
De acordo com Trump, durante seu primeiro turno, ele conseguiu "levantar mais de US$ 680 bilhões [cerca de R$ 4 trilhões]" dos aliados. No entanto, agora ele tem metas mais ambiciosas.
Nem mesmos os norte-americanos poderiam atingir alvo novo
Na Europa as afirmações de Trump foram interpretadas de forma negativa, porque os analistas perguntados pela agência Reuters elaboraram que não é possível atingir tal patamar de gastos.
"Mesmo que a Europa continue com essa taxa de crescimento extraordinário de 10% nos termos reais, ainda levaria mais 10 anos para atingir pelo menos 3% do PIB", elabora a agência, citando Fenella McGerty, especialista em economia de defesa do centro analítico de Instituto Internacional de Estudos Estratégicos.
É notável que que nenhum membro da aliança agora excede o limite de cinco por cento, mesmo os EUA.
Os EUA, que usufruíram no ano passado de um orçamento de defesa recorde de US$ 886 bilhões (cerca de R$ 5,3 trilhões), gastam apenas 3,38% do seu PIB, pois Trump teria que gastar mais dinheiro norte-americano, quase o dobro. Nesse caso, o Pentágono teria mais de um trilhão de dólares (R$ 6 trilhões) anualmente.
Na Itália, os oficiais se preparam para gastar mais com defesa do que antes.
"Parece que haverá uma mudança […]. Não acho que será de 5%, que seria impossível para quase todas as nações no mundo hoje, porém [...] seria não 2%, o que agora estamos tentando atingir, seria mais", disse à Reuters o ministro da Defesa da Itália, Guido Crosetto.
Anteriormente, o jornal Financial Times escreveu que Trump pretende exigir que os aliados paguem mais. O mesmo artigo dizia que o limite superior das exigências seria de 5%, mas que o novo governo estaria pronto para um compromisso de 3,5%.
Por Sputinik Brasil
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