Brasil
Portugal fecha acordo para compra de 12 caças Super Tucano após encontro entre Lula e Montenegro
Durante visita oficial ao Brasil nesta quarta-feira (19), o primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Brasília. No encontro, foram firmados 20 acordos bilaterais entre os dois países focados na exportação de produtos brasileiros de alto valor agregado.
"Foram assinados 20 acordos para facilitar a cooperação entre Portugal e Brasil", informou o Palácio do Planalto ao término da reunião bilateral.
Entre os principais acordos, está a compra pela Força Aérea Portuguesa de 12 aeronaves de combate Super Tucano, de fabricação brasileira. Brasil e Portugal ainda firmaram um acordo entre a empresa Indústria Aeronáutica de Portugal e a Embraer para adaptação das aeronaves aos critérios da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Também foi anunciada a abertura de um escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) em Lisboa, além da instalação de uma unidade do Ministério das Relações Exteriores e uma sede da Embraer na capital portuguesa.
Exportação brasileira para Portugal
Após o encontro, Lula celebrou o início de um perfil mais diversificado no intercâmbio comercial com Portugal, em que foram incluídas cadeias produtivas relevantes que favorecem a exportação de produtos brasileiros com maior valor agregado. Montenegro, por sua vez, destacou que a reunião abordou o "bem-estar" dos cidadãos de ambos os países.
O líder europeu mencionou a grande comunidade de brasileiros que vivem em Portugal, agradeceu por escolherem o país como residência e destacou sua contribuição para o desenvolvimento econômico.
Na sequência, o petista destacou a necessidade de desconstruir a narrativa que coloca os migrantes brasileiros como responsáveis pelo aumento da criminalidade em Portugal.
"Afirmei ao primeiro-ministro Montenegro que precisamos desconstruir a narrativa mentirosa que associa a migração brasileira ao aumento da criminalidade em Portugal. Sabemos bem que não há espaço para racismo e xenofobia entre nós", finalizou.
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