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Rogério Nezinho, irmão da vice-prefeita, vota contra pedido de empréstimo milionário de Luciano

Prefeitura de Arapiraca pede empréstimo de R$ 150 milhões

Roberto Gonçalves com assessoria 26/02/2025
Rogério Nezinho, irmão da vice-prefeita, vota contra pedido de empréstimo milionário de Luciano

O vereador Rogério Nezinho (MDB) votou contra o novo empréstimo de R$ 150 milhões, solicitado pela prefeitura de Arapiraca. No seu entender, a cidade não pode continuar acumulando dívidas sem planejamento estratégico, sem garantias de investimento responsável e sem clareza sobre os impactos para o futuro.

Explicou que em 2023, votou a favor de um empréstimo, acreditando na promessa de desenvolvimento. Naquele momento, a cidade mantinha equilíbrio fiscal, e os recursos poderiam representar avanços estruturais necessários. A expectativa era clara: investimentos bem planejados, com impacto direto na qualidade de vida da população, justificou.

No entanto, em novembro de 2024, a Câmara foi novamente convocada para aprovar mais 50 milhões de dólares em um novo empréstimo. Como vereador, compreendi que a situação exigia cautela. O endividamento crescente, sem transparência na execução e sem retorno concreto para a cidade, acendeu um alerta. Não concordei.


Agora, em fevereiro de 2025, surge mais um pedido: R$ 150 milhões.

“Desta vez, com as contas públicas já no vermelho, minha decisão não poderia ser outra. Arapiraca não pode comprometer sua estabilidade financeira de forma irreversível. Esses empréstimos terão que ser quitados nos próximos anos, com juros e correções, impactando diretamente o orçamento municipal”.

Para Rogério Nezinho, isso pode significar cortes em serviços essenciais ou, pior, um possível aumento de taxas e impostos para que a população arque com essa dívida, completou. Governar é gerir com responsabilidade. E isso significa saber o momento de dizer sim e o momento de dizer não.

Não se trata de ser contra o progresso, mas de evitar que Arapiraca pague um preço alto por decisões precipitadas. A cidade pode crescer, mas sem comprometer o futuro de seus cidadãos, argumentou.