Ao som de samba, Eduardo Paes declara a festa oficialmente aberta na cidade. Presente na cerimônia, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, afirmou que o Carnaval, além de ser um "motor da alegria", gera renda e emprego, e que o "turismo pode ser no século XXI o que o petróleo foi no século XX" para a economia.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, entregou nesta sexta-feira (28) a chave da cidade para o Rei Momo e à Corte Real, em cerimônia realizada no Palácio da Cidade, em Botafogo, zona Sul da capital fluminense. A entrega da chave marca o início oficial do Carnaval carioca.

A cerimônia foi apresentada por Milton Cunha e teve a participação da banda da Guarda Municipal e da bateria da Viradouro, atual campeã‌ do Carnaval do Rio. Ao lado de Paes, estavam presentes Tia Surica, presidente de honra da Portela, e Thuane Werneck, rainha da Corte do Carnaval.

"Hoje de manhã eu conversava com um amigo de São Paulo, e ele dizia 'A vida é muito curta para a gente não viver no Rio de Janeiro', essa cidade incrível, essa cidade especial, que tem seus problemas, tem seus desafios, mas que nos orgulha muito como cariocas", disse o prefeito.

Ele acrescentou que o Carnaval faz parte da construção da identidade do Rio de Janeiro e que essa também é a imagem do Brasil.

"Então, meu muito obrigado ao povo do Carnaval, essa gente do samba, essa gente das escolas de samba, dos blocos, daqueles que celebram a vida todos os anos, durante uma semana, claro que é muito mais que uma semana, mas oficialmente é uma semana, o nosso Carnaval."

Também presente na cerimônia, o presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Marcelo Freixo, concedeu entrevista à Sputnik Brasil, na qual falou sobre a expectativa para o Carnaval deste ano e destacou a importância do evento para a economia do Rio de Janeiro.

"A expectativa é enorme, a gente tem um momento do Brasil inteiro, não só do Rio de Janeiro, muito potente. Ano passado, em 2024, a gente bateu o recorde de turistas internacionais, nós recebemos aqui 6,7 milhões de turistas internacionais e foi a melhor receita de todos os tempos", disse Freixo.

Ele ressaltou que em 2024 o Brasil arrecadou US$ 7,3 bilhões (cerca de R$ 42 bilhões) com o turismo internacional, e tem potencial para elevar esse valor neste ano.

"Em janeiro deste ano, nós recebemos 1,4 milhão de turistas internacionais, só no mês de janeiro. Ano passado foram 900 mil, então teve um aumento de 55% de turistas internacionais só no mês de janeiro. Esse Carnaval a gente já cresceu 12% em relação ao ano passado", afirmou.

Freixo enfatizou que os números citados são importantes porque o Carnaval, além de ser a maior festa popular do país e um "motor de alegria", gera emprego, renda e movimenta o turismo, que ele apontou ser "uma grande solução do século XXI".

"Ou seja, a produção de alegria é importante para o PIB, a festa é importante para o PIB, porque gera emprego, gera renda e o turismo pode ser uma grande solução do século XXI. O turismo pode ser no século XXI o que o petróleo foi no século XX. O Brasil tem uma enorme potência, só que com sustentabilidade, com democracia, chegando em todos os setores da sociedade, o turismo é uma solução e o Carnaval é uma prova disso", afirmou.