Cidades
Caso Jéssica; PM nega que policiais militares usaram spray de pimenta no carnaval de Taquarana
Reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da prefeitura, mas não obteve resposta

O que seria a alegria do Carnaval e a participação de uma jovem em um bloco carnavalesco para a família de Jéssica de Andrade Vieira, de 26 anos, foi uma profunda tristeza após a morte após a aspersão de um aerossol irritante, conhecido como spray de pimenta, o que restou foi a dor da perda e a revolta em um sábado (1) de carnaval na cidade de Taquarana Agreste de Alagoas.
De acordo com o atestado de óbito, a morte da jovem, que deixou um menino de 11 anos, orfão está relacionada aos problemas cardíacos preexistentes que já eram de conhecimento da família. Mas, mesmo assim, para os parentes, a substância que causa ardência nos olhos e nas vias respiratórias contidas no spray desencadearam a crise que provocou o tamponamento cardíaco.
O uso do aerossol gerou críticas e dúvidas após o ocorrido. Segundo testemunhas, a aspersão teria sido feita para acabar com um suposto tumulto entre foliões na passagem de um bloco de carnaval. Havia dúvidas se o spray teria sido acionado por policiais militares ou por seguranças particulares contratados pela prefeitura de Taquarana.
O comando da Polícia Militar de Alagoas, por meio da assessoria de comunicação, encaminhou nota para os órgãos de comunicação, informando que os policiais militares que atuaram nos festejos de Taquarana não fizeram uso de espargidores de pimenta e que eles atuaram tão somente após o registro do óbito de Jéssica Andrade em uma unidade de saúde do município.
Em contato com a assessoria de comunicação da prefeitura de Taquarana na tarde de quarta-feira (05), mas até o fechamento da matéria não recebeu nenhuma resposta.
As redes sociais da prefeitura, que trazem várias imagens sobre os festejos do carnaval patrocinados pelo município também não lamentaram e nem fazem qualquer menção ao falecimento da jovem.
Nota da Polícia Militar de Alagoas:
A Polícia Militar de Alagoas esclarece que uma viatura foi acionada, no início da manhã desse domingo (2), por equipes do hospital da cidade de Taquarana, para verificar o óbito de uma mulher de 26 anos na unidade hospitalar.
Segundo o médico que acionou a guarnição, o corpo da jovem foi encaminhado ao Instituto Médico Legal para a confirmação da causa da morte.
A corporação destaca que não há registro de uso de espargidores de pimenta pelas equipes empregadas no policiamento em Taquarana, nesse sábado (1), durante a execução do serviço de Carnaval.
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