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Guerra comercial entre UE e EUA é inevitável, mas UE perderá inevitavelmente, diz premiê húngaro

Sputinik Brasil 08/03/2025
Guerra comercial entre UE e EUA é inevitável, mas UE perderá inevitavelmente, diz premiê húngaro
Foto: © AP Photo / Khalil Hamra

Uma guerra comercial entre os EUA e a União Europeia (UE) terá início, e a UE perderá inevitavelmente com isso, opinou o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, na abertura do ano econômico na Câmara de Comércio e Indústria da Hungria.

Orbán destacou que a Hungria se salvará pelo acordo com os Estados Unidos, bem como por uma política flexível que possibilitou a manutenção de boas relações com a Rússia e a China.

"Será estabelecido um pacote de cooperação econômica húngaro-americana que fornecerá assistência significativa à economia húngara", enfatizou o premiê.

Segundo Orbán, este pacote ajudará, apesar da possível guerra comercial, na qual a Hungria perderá junto com os outros países do bloco. Ele acrescentou que ainda não sabe a extensão da guerra, porém, ele tem certeza de que ela acontecerá.

Ele declarou que a nova política da administração dos EUA tem como objetivo atrair empresas globais para investir na economia americana, forçando grandes empresas alemãs a redirecionar seus investimentos para os EUA, entretanto a Hungria está preparando um pacote de cooperação econômica com os EUA.

Orbán adicionou que, desde o início, era correto ser flexível e estabelecer relações razoáveis com todos, inclusive com os EUA e a Rússia, no contexto da imposição de sanções da UE contra a Rússia e do início da guerra comercial com a China.

"Atualmente, a UE é uma entidade isolada no mundo e está em conflito com os Estados Unidos, a China e a Rússia. A UE está isolada, mas isso não diz respeito à Hungria. Temos as melhores relações com os EUA, a Rússia e a China. Portanto, quando se trata de isolamento, isso é verdade para a UE, mas não para a Hungria", finalizou.

Anteriormente, Viktor Orbán disse que a Hungria estava trabalhando em um acordo econômico com os Estados Unidos que permitiria que ela fosse bem-sucedida, independentemente de a União Europeia continuar existindo ou não.