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Acusado de assassinar alagoana em São Paulo é condenado a 33 anos de prisão

José Albert de Menezes, 25 anos, foi condenado a 33 anos de prisão por assassinar a ex-companheira, à alagoana Maria Carolina Almeida, 26, e descartar o corpo dela em um bueiro na cidade de Santa Bárbara d’Oeste, interior de São Paulo. O julgamento aconteceu nesta segunda-feira, 07, no fórum da cidade.
O júri ainda condenou Albert a pagar 100 salários mínimos para os filhos da vítima, que não são dele, além de 30 dias-multa, cujo valor, atualmente, é R$ 5.553 – cada dia-multa ficou fixado em Unidades Fiscais do Estado de São Paulo.
O crime ocorreu no dia 18 de setembro de 2023, na Rua do Chá, onde José Albert e Maria Carolina moravam antes de se separarem. De acordo com a investigação policial, o acusado confessou ter assassinado a vítima com um golpe mata-leão.
Posteriormente, ele teria levado o corpo para um bueiro a apenas 30 metros de sua casa. Um funcionário de uma empresa terceirizada encontrou o cadáver apenas em 25 de outubro de 2023. Ela deixou três filhos, de 8, 11 e 13 anos.
José Albert foi condenado por feminicídio, com motivo torpe, asfixia e recurso que dificultou a defesa da vítima, além de violência doméstica e ocultação de cadáver.
No julgamento, ele negou ter matado Maria Carolina. Disse ter confessado inicialmente porque foi ameaçado e agredido por policiais. Ele ainda afirmou que soube do desaparecimento por terceiros.
“Entravam em contato comigo tipo todo dia, perguntando por ela, pedindo para eu fazer alguma coisa, ir atrás, tentar alguma informação. Eu falava: ‘eu trabalho, mas, quando sair do trabalho, vou tentar alguma coisa, vou atrás'”, declarou.
O pai de Maria Carolina, que saiu de São José da Tapera, Sertão de Alagoas, para acompanhar o julgamento, mostrou alívio depois da decisão do júri.
No entanto, ele apontou que esperava uma punição ainda maior para o réu. “Acabou. Eu achei que seria mais, porque eu queria mais justiça. Mas fazer o quê? Agora é esperar pela justiça de Deus”, comentou Arnaldo de Jesus Vieira.
Por sua vez, o promotor de Justiça responsável pela acusação, Rodrigo Aparecido Tiago, citou que, segundo o laudo pericial, a vítima morreu por asfixia e pelo menos 30 dias antes de seu corpo ter sido encontrado, condições que batem com a confissão inicial do réu.
O advogado de José Albert, Gustavo Mayoral, também sugeriu que seu cliente não conseguiria levantar a tampa do bueiro sozinho, sem ninguém ouvir. “Se nós estamos falando de uma tampa de 100 kg, nós estamos falando de um indivíduo ‘body builder'”, comentou.
Após a sentença, o promotor destacou que a justiça foi feita. “Não traz a vítima de volta, mas gera o mínimo de conforto para toda a família.”
A defesa disse não concordar com a decisão e informou que já apresentou recurso.
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