Internacional
Mídia: Pentágono está considerando cortar milhares de tropas da Europa

Fontes do Departamento de Defesa disseram à mídia norte-americana que estão considerando uma proposta para retirar até 10.000 tropas do Leste Europeu, gerando preocupação nos aliados de Washington sobre a arquitetura de segurança no continente europeu.
De acordo com NBC News, o Pentágono está considerando retirar unidades dos 20.000 funcionários enviados pelo governo Biden em 2022 para fortalecer as defesas dos países que fazem fronteira com a Ucrânia após a operação militar especial russa na Ucrânia.
Segundo a apuração, a proposta atual pode envolver a remoção de até metade dessas forças, gerando discussões internas sobre a redução dos níveis de tropas norte-americanas na Romênia e na Polônia, enquanto o presidente Donald Trump tenta negociar um cessar-fogo com o presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Se o Pentágono adotar a proposta, isso pode aumentar os temores de que os EUA estejam abandonando seus aliados na Europa, que veem a Rússia como uma ameaça crescente. Seth Jones, do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, afirmou à apuração que os russos poderiam interpretar a redução das forças dos EUA como um enfraquecimento da dissuasão, aumentando sua disposição de interferir na Europa, algo que o Kremlin já refutou repetidas vezes, afirmando buscar por fim diplomático para o conflito ucraniano que seja sustentável e duradouro.
O governo Trump quer que os aliados europeus assumam mais responsabilidade por sua própria defesa, permitindo que os EUA concentrem seus recursos militares na China e em outras prioridades. O secretário de Defesa, Pete Hegseth, afirmou que os EUA se concentrariam em proteger sua fronteira sul e combater a China, em vez de focar na segurança da Europa.
O Pentágono não comentou a proposta, mas o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Brian Hughes, afirmou que o presidente está constantemente revisando as implantações para manter a "América em primeiro lugar". Reduzir a presença militar dos EUA na Europa poderia liberar recursos para a região do Indo-Pacífico, considerada uma prioridade estratégica maior.
Cerca de 80.000 soldados norte-americanos estão estacionados na Europa, e após o conflito na Ucrânia, legisladores de ambos os partidos apoiaram uma forte presença militar dos EUA ao longo do flanco oriental da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Trump, no entanto, está pressionando por um cessar-fogo e assumiu uma postura diferente da de Biden, que prometeu fornecer ajuda a Kiev pelo tempo necessário.
Mais lidas
-
1NO POVOADO CABOCLO
Grave colisão entre dois veículos deixa três mortos em São José da Tapera
-
2HOMICÍDIO QUÍNTUPLO
Identificadas as cinco vítimas da chacina em Estrela de Alagoas
-
3PALMEIRA DOS ÍNDIOS
Tia de Gabriel Lincoln denuncia intimidação policial
-
4HISTÓRIA
A saga de Lampião e Maria Bonita, 83 anos após a chacina de Angicos
-
5ATROPELAMENTO
Após um mês internado, morre Timba, torcedor símbolo do CSA