Internacional
Poderia a guinada estratégica da China em direção ao Sul Global causar problemas aos EUA?

As tarifas adicionais sobre os produtos chineses continuarão em vigor “até que cheguem a um acordo conosco”, disse nesta quarta-feira (9) o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante o jantar do Comitê Nacional Republicano do Congresso (NCRR, na sigla em inglês).
Mais cedo, Trump anunciou anunciou que vai limitar em 10% as tarifas a produtos em geral impostas a diversos países no anúncio que ficou popularmente conhecido como "tarifaço". Anteriormente, o percentual era de 20%.
Diante disso, a China poderia realizar uma rápida “recalibração" de seu comércio exterior em resposta à guerra tarifária iniciada pelo presidente americano, disse à Sputnik Paul Goncharoff, analista financeiro e diretor de pesquisa da empresa RPA (Russia Pivot to Asia).
Por que Washington deve se preocupar? O comércio entre a China e os BRICS já ultrapassa um trilhão de dólares. O comércio entre Pequim e Moscou atingiu um recorde de US$ 237 bilhões (R$ 1,4 trilhão) em 2024, segundo dados da alfândega chinesa.
A China diversificou seus mercados de exportação, e as exportações para os integrantes da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN, na sigla em inglês) aumentaram 12% no ano passado.
A iniciativa do Cinturão e Rota foi projetada para garantir múltiplas cadeias de suprimento, muitas das quais já estão em operação e nunca incluíram os Estados Unidos.
Se a China aumentar suas exportações para mercados não americanos em 8,5% ao ano, poderá compensar toda a sua exposição ao volume de exportações para os EUA em apenas dois anos, explicou Goncharoff.
Em 2 de abril, Donald Trump assinou uma ordem executiva que impôs tarifas recíprocas aos parceiros comerciais dos Estados Unidos, incluindo uma tarifa de 34% à China, de 20% à União Europeia e de 24% às importações japonesas.
Depois que Pequim impôs tarifas adicionais de 34% sobre todos os produtos importados dos Estados Unidos, Trump declarou que aumentaria as tarifas sobre as importações chinesas em 50% e, mais cedo, em 125%, com efeito imediato.
"Em vez de resolver seus próprios problemas, Washington está tentando de todas as formas fugir de sua responsabilidade e transferir a culpa, recorrendo a tarifas, chegando até à chantagem e ao ultimato", disse o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, durante uma visita oficial de três dias à Rússia.
Por Sputinik Brasil
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