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Serial killer de Maceió vai a júri popular nesta sexta-feira, por assassinato e tentativa de homicídio

Redação 11/04/2025
Serial killer de Maceió vai a júri popular nesta sexta-feira, por assassinato e tentativa de homicídio
Foto: Arquivo

Albino Santos de Lima, o “serial killer de Maceió”, está enfrentando o Tribunal do Júri nesta sexta-feira, 11, desde as 08 horas, no Fórum do Barro Duro. O julgamento está sendo conduzido pelo juiz José Eduardo Nobre Carlos e se refere ao assassinato de Emerson Wagner da Silva e à tentativa de homicídio contra R.V.S., ocorridos em 21 de junho de 2024.

Preso desde setembro do ano passado, Albino é acusado de cometer 18 homicídios e duas tentativas de assassinato entre 2019 e 2024 e responde a 10 processos na Justiça. Pelo menos cinco testemunhas devem depor no julgamento desta sexta-feira.

Segundo o Ministério Público, o crime aconteceu após Albino tentar invadir a casa da namorada de Emerson. Ao deixar o local, foi seguido por Emerson e um amigo. Ao perceber a perseguição, o acusado sacou uma arma e disparou contra os dois. Emerson foi atingido e morreu; já o amigo conseguiu escapar.

Ele será julgado por homicídio duplamente qualificado e tentativa de homicídio. A defesa adiantou que irá se pronunciar apenas durante o julgamento.

Durante uma das audiências relacionadas aos homicídios de Louise Gybson e Tâmara Vanessa, em 21 de março, o réu participou por videoconferência e fez declarações impactantes. Disse não se lembrar dos crimes e atribuiu suas ações a uma suposta possessão espiritual: “Fui possuído pelo fogo do Arcanjo Miguel”, afirmou.

Ainda segundo o acusado, ele ouve vozes e seria orientado por essa entidade a visitar cemitérios para registrar lápides das vítimas.

Ex-agente penitenciário e prestador de serviços à Polícia Penal de Alagoas, Albino Santos de Lima é apontado como um dos cinco maiores serial killers da história do Brasil. Atuando em Maceió ao longo de cinco anos, ele confessou 16 dos 18 assassinatos atribuídos a ele. Para os dois restantes, a Polícia Civil diz que tem provas suficientes para o incriminar.