Economia

Petróleo fecha em queda após AIE reduzir previsão de crescimento da demanda em 2025

15/04/2025
Petróleo fecha em queda após AIE reduzir previsão de crescimento da demanda em 2025
Petróleo - Foto: Arquivo

Os contratos futuros de petróleo fecharam o pregão desta terça-feira, 15, em queda, após a Agência Internacional de Energia (AIE) reduzir sua estimativa de crescimento da demanda para 2025 em cerca de 300 mil barris por dia, citando o impacto negativo esperado das tarifas americanas sobre o crescimento econômico global.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de petróleo WTI para maio caiu 0,33% (US$ 0,20), fechando a US$ 61,33 o barril. O Brent para junho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 0,32% (US$ 0,21), para US$ 64,67 o barril.

Os contratos futuros de petróleo bruto viraram para queda após uma alta inicial impulsionada pelo alívio tarifário dos Estados Unidos sobre as exportações de produtos eletrônicos e o aumento reportado nas importações de petróleo da China.

A projeção para o aumento da demanda global por petróleo em 2025 foi revisada para 726 mil barris por dia, ante projeção anterior de alta de 1,03 milhão de bpd. O relatório veio na esteira de cortes nas projeções pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos.

A AIE também reduziu sua estimativa de crescimento da oferta para 2025 em 260 mil barris por dia, para 1,2 milhão de barris, devido à menor produção esperada nos EUA e na Venezuela, e afirmou que o aumento da produção da Opep e aliados (Opep+) em maio pode ser menor.

Os preços do petróleo parecem ter se estabilizado após o anúncio das tarifas do chamado "Dia da Libertação", mas em níveis que destacam a visão pessimista do mercado em relação à demanda, afirma John Coleman, da Sparta Commodities. "As tensões comerciais continuam pesando sobre o WTI, já que tarifas retaliatórias e a provável continuidade da incerteza política forçam os preços a se manterem mais competitivos que o normal", diz ele.

*Com informações da Dow Jones Newswires