Internacional
Rússia diz que Irã está pronto para acordo nuclear com EUA e que ajudará na mediação

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que o país está pronto para mediar e auxiliar nas negociações nucleares entre Irã e Estados Unidos. "Estamos prontos para ajudar, mediar e desempenhar qualquer papel que, do ponto de vista do Irã, seja útil e aceitável para os Estados Unidos", disse Lavrov, durante coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira, 18, ao lado do ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi.
Nesta sexta-feira, o Irã buscou apoio da Rússia para um possível acordo com os Estados Unidos sobre o rápido avanço do programa nuclear de Teerã, antes de uma segunda rodada de negociações neste fim de semana, em Roma.
Araghchi elogiou o papel da Rússia no acordo nuclear de 2015 do Irã com potências mundiais, que culminou no levantamento das sanções em troca da imposição de limites por Teerã às suas atividades nucleares. "Estamos esperançosos e esperamos que a Rússia continue apoiando qualquer novo acordo", disse.
O acordo nuclear de 2015 fracassou com a saída unilateral do presidente americano Donald Trump, enquanto o Irã abandonou todos os limites ao seu programa nuclear e enriqueceu urânio com até 60% de pureza - próximo aos níveis de 90% para armas nucleares.
Segundo a agência de notícias russa Interfax, Lavrov contou ter discutido detalhadamente com Araghchi o Plano de Ação Conjunta Abrangente sobre o programa nuclear iraniano. "Partimos do fato de que a única opção para um acordo, como o ministro (iraniano) acabou de dizer, é um acordo exclusivamente sobre questões nucleares", destacou Lavrov.
O ministro russo também disse que Araghchi se encontrou com o presidente russo, Vladimir Putin, na quinta-feira, em conversas que "enfatizaram a dinâmica sem precedentes do diálogo político" entre Moscou e Teerã. Ele não deu detalhes, apenas disse que Putin estava "muito satisfeito" com as negociações.
Já em Paris, o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, expressou esperança de que as negociações com o Irã sejam "frutíferas e que possam levar a algo". "Todos nós preferimos uma resolução pacífica e duradoura", afirmou.
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