Israel está empenhado em impedir que o Irã obtenha armas nucleares, mas está disposto a resolver a questão diplomaticamente, disse o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, em sua entrevista ao jornal britânico The Telegraph.

O chanceler israelense abordou o reconhecimento do Estado palestino pela França e também falou sobre o perigo de o Irã ter armas nucleares.

Perguntado pelo repórter da publicação sobre um artigo do jornal The New York Times que afirmava que Israel supostamente planejava atacar o Irã já em maio, Saar negou que as autoridades israelenses tivessem tomado tal decisão.

"Sou membro do Gabinete de Segurança e de todos os fóruns íntimos, e não me lembro de tal decisão. Não creio que tal decisão tenha sido tomada", ressaltou Saar.

No entanto, continuou, Israel está comprometido com o objetivo de impedir que o Irã tenha armas nucleares. Se essa meta puder ser alcançada diplomaticamente, ela será aceita.

O político também enfatizou que as autoridades israelenses estão em contato com os Estados Unidos e a Europa sobre as armas nucleares do Irã.

"O Irã sempre zombou de suas obrigações internacionais. Não estou excluindo a opção de que eles tentarão obter alguns acordos parciais [sobre armas nucleares]. O Irã está em uma posição de relativa fraqueza, e isso deve ser usado para atingir o objetivo", finalizou.

Anteriormente, a mídia norte-americana disse que o presidente dos EUA, Donald Trump, não havia autorizado Israel a atacar as instalações nucleares do Irã em maio.

As autoridades israelenses estavam supostamente prontas para atacar as instalações nucleares do Irã em maio e contavam com o apoio dos Estados Unidos, prometendo atrasar o programa nuclear da República Islâmica em um ano.