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Ministro das Finanças israelense afirma que resgatar reféns 'não é o objetivo mais importante'

Por Sputinik Brasil 21/04/2025
Ministro das Finanças israelense afirma que resgatar reféns 'não é o objetivo mais importante'
Foto: © Foto / Twitter / Reprodução

O ministro das Finanças israelense, Bezalel Smotrich, afirmou nesta segunda-feira (21) que, embora o retorno de todos os reféns israelenses restantes da Faixa de Gaza continue sendo um objetivo importante da guerra de Israel contra o Hamas, a chave para a vitória reside na destruição completa das capacidades militares e políticas do movimento.

"Temos que dizer a verdade: devolver os reféns do cativeiro do Hamas não é o objetivo principal. É obviamente um objetivo muito importante, mas aqueles que querem o Hamas destruído e evitar outro 7 de outubro [de 2023] devem entender que o Hamas não pode permanecer em Gaza sob nenhuma circunstância", disse Smotrich à rádio do Exército israelense, Galei Tzahal.

O ministro acrescentou que agora é o momento mais apropriado para atingir esse objetivo, dado o consenso atual nos governos israelense e norte-americano sobre a necessidade de derrubar o regime do Hamas em Gaza.

"Não há mais desculpas, e digo ao primeiro-ministro [Benjamin Netanyahu] que não há tempo a perder. Precisamos resolver a questão de Gaza. Precisamos provar aos cidadãos israelenses e ao mundo que existe uma solução militar para o terrorismo. A alternativa à capitulação [de Israel] é conquistar a Faixa de Gaza e destruir o Hamas", disse o ministro.

Smotrich acrescentou que Israel deve estabelecer o controle de segurança sobre Gaza, desmilitarizar o enclave e implementar a proposta do presidente dos EUA, Donald Trump, de reassentar os moradores de Gaza em outros países.

No sábado (19), Netanyahu afirmou que o Hamas havia rejeitado novamente um acordo para libertar alguns reféns e enfatizou, a esse respeito, que Israel não encerraria a guerra na Faixa de Gaza até que conseguisse o retorno de todos os sequestrados e eliminasse completamente o potencial do Hamas.

No dia 18 de março, Israel retomou os ataques à Faixa de Gaza, citando a recusa do Hamas em aceitar o plano dos EUA de estender o cessar-fogo, que expirou em 1º de março.