O Ministro da Defesa do Paquistão declarou, nesta quinta-feira (24), que o governo suspeita fortemente de que o ataque ocorrido na cidade de Pahalgam seja uma "operação de bandeira falsa".

Segundo ele, há indícios de que o atentado pode ter sido orquestrado por interesses internos da Índia com o objetivo de incriminar o Paquistão e justificar medidas agressivas contra o país.

Em resposta, o governo paquistanês adotou uma série de ações diplomáticas contra a Índia, informou a Al Jazeera. Entre elas está o fechamento do espaço aéreo e das fronteiras terrestres entre os dois países. Islamabad também advertiu que qualquer tentativa indiana de desviar o curso do rio Indo será considerada um "ato de guerra".

A polícia da Caxemira administrada pela Índia declarou ter identificado três suspeitos envolvidos no ataque, ocorrido na última terça-feira (22), que deixou 26 mortos. Dois dos acusados seriam cidadãos paquistaneses. O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, afirmou em discurso hoje que os responsáveis serão perseguidos "até os confins da Terra".

O ataque reacende as tensões históricas entre Índia e Paquistão, dois países com um longo histórico de conflitos, especialmente na disputada região da Caxemira. Desde a partilha da Índia, em 1947, os dois países travaram três guerras e diversos confrontos armados envolvendo esse território montanhoso. A Caxemira continua sendo uma das regiões mais militarizadas do mundo e um dos pontos mais delicados da geopolítica sul-asiática.