Internacional
Professora explica por que o Ocidente não está pronto par dar garantias de segurança à Ucrânia

Os países ocidentais estão "passando a bola" de um lado para o outro sobre a questão das garantias de segurança para a Ucrânia no âmbito da resolução do conflito, ninguém está pronto para fornecê-las a Kiev, disse em entrevista à Sputnik especialista russa em relações internacionais Yulia Boguslavskaya.
Segundo Boguslavskaya, que é professora do Departamento de Estudos Americanos da Faculdade de Relações Internacionais da Universidade Estatal de São Petersburgo, a Europa não tem um plano de apoio por conta própria ao regime de Kiev em caso de novas hostilidades devido a problemas nas suas próprias forças armadas.
Anteriormente, a agência Reuters, referindo-se a documentos em sua posse, informou que o projeto dos EUA para resolver o conflito ucraniano fornece garantias de segurança para a Ucrânia principalmente às custas da Europa. O contraprojeto de acordo prevê fornecimento a Kiev de fortes garantias de segurança, incluindo compromissos por parte dos EUA semelhantes ao artigo quinto da Carta da OTAN.
"Até agora, aparentemente, o Ocidente está de acordo com tal situação, e eles estão prontos para continuar a passar a bola de um lado para o outro sobre quem irá garantir a segurança da Ucrânia. Isso apenas significa que no Ocidente não há quem esteja disposto a fornecer quaisquer garantias", observou a professora.
Segundo ela, a proposta de Washington para a Europa de fornecer segurança para a Ucrânia por conta própria está carregada de "certas vulnerabilidades" para os europeus.
“Penso que ninguém na Europa está convencido de que, se as hostilidades recomeçarem após terem cessado, a Europa possa estar preparada para responder adequadamente. Naturalmente, a Europa acena aos EUA […] a Europa tem um problema com as armas convencionais. Tem se falado muito sobre isso. Há um problema com a contratação de recrutas para o exército", explicou Boguslavskaya.
Ela acrescentou que os aliados europeus dos EUA estão acostumados a "viver na sombra" de Washington, sob o guarda-chuva nuclear americano.
Por Sputinik Brasil
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