Política
Amor que nasce junto: histórias de mães atendidas no Hospital da Cidade marcam o Dia das Mães em Maceió

Ser mãe é mais do que gerar uma vida. É renascer junto, transformar-se, descobrir uma força até então desconhecida e se doar, todos os dias, em nome de um amor que não cabe no peito, ultrapassa qualquer barreira e supera todos os obstáculos.
Em Maceió, esse amor tem encontrado apoio e acolhimento na Maternidade do Hospital da Cidade (HC), sendo a primeira unidade de saúde materna municipal da capital alagoana. Um total de 1.500 mães foram atendidas desde a inauguração, em julho de 2024.
No Dia das Mães, comemorado neste domingo (11), a história de Lays Nunes, 31 anos, ajuda a traduzir o que significa viver a maternidade de forma plena, com desafios, medos e, acima de tudo, descobertas. Mãe da pequena Sara, de apenas 8 meses, ela relata como o momento transformou completamente sua vida.
“Quando eu ouvi o batimento do coração dela, pela primeira vez, foi mágico. Era a confirmação de que tinha uma pessoinha dentro de mim. Eu já esperava por ela, me planejei para isso, mas nada se compara ao que é viver, de fato, essa experiência de ser mãe”, conta Lays, emocionada.
A gestação foi cercada de expectativas e também de incertezas. Mesmo tendo ouvido boas referências do Hospital da Cidade, ela hesitou. “Fui teimosa no início. Mas, quando consegui a transferência, foi maravilhoso. Parecia atendimento particular. Eu gostei de toda a estrutura, desde o quarto amplo, o chuveiro com água quente e outros detalhes. Tudo pensado para o nosso conforto. Eu só conseguia agradecer”, relembra.
Lays optou pelo parto normal e ficou em trabalho de parto por 17 horas. Para ela, o cuidado da vida começa antes mesmo do primeiro choro e permanece, diariamente, nos pequenos gestos de amor e coragem.
“Foi difícil, mas eu nunca estive sozinha. Tinha meu esposo, o Tiago, sempre ao meu lado, e os profissionais do hospital que me acompanhavam o tempo todo. Médicos, enfermeiras, nutricionistas, todos preocupados com a gente. Era um cuidado que ia além do corpo, era acolhedor de verdade. Quando a Sara veio pros meus braços, tudo fez sentido. O cansaço, a dor, tudo sumiu. Eu só conseguia sentir gratidão”, revela.
Aos 35 anos, Jaqueline Batista deu à luz ao pequeno Iam, que nasceu de 37 semanas. Por ser o terceiro filho, ela conta a diferença das experiências gestacionais e, principalmente, da estrutura hospitalar.
“Eu tive meus dois primeiros filhos em hospitais particulares. Hoje, por estar desempregada e sem plano de saúde, optei pelo parto aqui no Hospital da Cidade, mas a estrutura e o atendimento é igual e em nenhum momento deixou a desejar. Além da cesárea, eu também fiz a laqueadura (procedimento cirúrgico de esterilização feminina que impede a gravidez) e as enfermeiras passam a todo instante, perguntam se estou bem e tiram minhas dúvidas”, destaca.
Uma das prioridades da atual gestão do Hospital da Cidade é atuar no acompanhamento adequado das gestantes e garantir que os bebês nasçam em condições seguras e saudáveis. O HC oferece atendimento gratuito e com profissionais qualificados para que os cuidados necessários sejam realizados durante o pré-natal, parto e pós-parto.
Deise Tenório, 43 anos, está grávida do terceiro filho, João Pedro. Ela conta que durante as consultas de pré-natal, descobriu que estava com diabetes gestacional e foi encaminhada para dar continuidade às consultas no HC.
“O João é fruto de muita oração. Ser mãe é a dádiva de Deus, um presente divino poder gerar um bebê dentro da gente, é um amor imensurável. Essa terceira gestação está sendo muito especial porque reuniu e alegrou a família inteira. Ele é um milagre”, diz.
Deise ainda relata que a sua experiência tem sido diferente das outras gestações devido ao avanço da tecnologia, que tem melhorado cada vez mais, a qualidade e a eficiência do cuidado com os pacientes do SUS, atendidos de forma gratuita. Além disso, ela agradece a atenção e amparo da obstetra em todo o processo.
“Está sendo maravilhoso para mim. Estou sendo bem assistida. Com o avanço da tecnologia, eu me sinto mais segura para realizar os procedimentos e exames médicos, como a ultrassonografia com doppler, que eu não tinha feito nas gestações anteriores. A Adriana tem sido maravilhosa comigo, foi meu porto seguro desde o primeiro momento que eu entrei aqui. Fui muito bem amparada e de graça, mas não deixa a desejar em nenhum outro hospital”, enfatiza Deise.

Humanização
Para além das experiências das mães, há também o olhar de quem cuida e acompanha todo o processo, desde a descoberta da gravidez ao parto. A ginecologista e obstetra Adriana Martins, com 31 anos de carreira, é servidora efetiva da Prefeitura de Maceió há 13 anos. Ela destaca a importância de atuar em um ambiente onde há estrutura e humanidade, tanto para o paciente quanto para os profissionais de saúde.
“Eu atendo pacientes de alto risco, todas encaminhadas das unidades básicas de saúde. Aqui, elas encontram exames, acompanhamento psicológico, estrutura física e, se necessário, até internação. E tudo isso com um atendimento que não deixa a desejar em nada. Trabalhar num local com esse suporte é essencial para nós também, porque nos dá segurança. Estamos iniciando esse serviço agora, mas já começamos com uma base sólida”, afirma a médica.
Para Késia Gemina, que teve a pequena Luara Sofia após quase 8 horas de trabalho de parto, com 40 semanas, na última quarta-feira, dia 7 de maio, este foi um momento único e especial. Ela relata que em 2025, o Dia das Mães será diferente com a filha nos braços.
“Eu senti muita dor, achei que não ia mais aguentar, aí ela nasceu. Durante todo o trabalho de parto. Eu fui muito bem cuidada, usei todos os equipamentos e o apoio das enfermeiras e de toda a equipe foi essencial para que eu ficasse tranquila. Eu estava agitada e quando pensei em desistir, as enfermeiras me orientaram e colocaram músicas para me acalmar. Foi tudo muito especial”, relata Késia emocionada.
A mamãe de primeira viagem ainda comenta sobre a importância do cuidado não só com ela, mas com a bebê durante e depois do parto. “Quando minha filha nasceu, ela foi avaliada por fonoaudióloga, pediatra e nutricionista. Além disso, ela também já tomou as vacinas de BCG e Hepatite, que antes só tomava em outras unidades de saúde e não no hospital. Também fiquei tranquila, porque o meu acompanhante foi bem acolhido. Tudo aqui é muito bom, a alimentação, a limpeza e a organização. Eu amei a minha experiência”, frisa.
A maternidade
A história das mães se somam a tantas outras vividas na maternidade do Hospital da Cidade, o primeiro hospital municipal da capital alagoana. Com 28 leitos obstétricos e três salas de parto humanizado, o espaço foi pensado para oferecer não apenas segurança e suporte médico, mas também um ambiente onde a mulher possa se sentir respeitada e acolhida.
Além da maternidade, o hospital conta com uma UTI Pediátrica equipada com 10 leitos e uma equipe multiprofissional, especializada no atendimento de crianças entre 2 meses e adolescentes até 14 anos.
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