Brasil
'Futuro da América Latina depende de querer ser grande ou continuar pequeno', diz Lula na China

O presidente Luiz Inácio da Silva, durante reunião de abertura do IV Fórum CELAC-China, defendeu a integração da América Latina e a necessidade da região estabelecer parcerias com Estados que queiram contribuir e cooperar para a promoção do desenvolvimento da região como Pequim.
Durante seu discurso na reunião de cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) na China, Lula defendeu que o desenvolvimento e o progresso entre os países da América Latina se dará com a ampliação da integração e uma forte parceria comercial e estratégica com Pequim.
Fazendo alusão à história da América Latina, que sofreu ao longo dos últimos 500 anos com as invasões, intervenções e aventuras autoritárias, Lula argumentou que individualmente não haveria saída para a região.
"[...] ou nós nos juntamos, entre nós, e procuramos parceiros que queiram, junto conosco, construir o mundo compartilhado, ou a América Latina tende a continuar sendo uma região que representa a pobreza no mundo de hoje", afirmou o presidente.
Mas o desafio da integração passa por um sério déficit de infraestrutura, razão pela qual Lula chama a atenção para uma parceria estratégica com a China, que, de acordo com ele, tem contribuído para diminuir desigualdades sociais na região ao longo das últimas décadas através do comércio e de investimentos.
O presidente destacou que o multilateralismo e o livre comércio — através de trocas equilibradas — são mecanismos centrais para que países ainda em estado de desenvolvimento possam construir bases sólidas para seu crescimento econômico.
A defesa do multilateralismo tem sido um ponto comum entre Brasília e Pequim — ambos integrantes do BRICS, especialmente depois da guerra comercial de tarifas contra a China iniciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que tem afetado o comércio e a cadeia produtiva globais.
"O futuro da América Latina não depende do presidente Xi Jinping, do presidente dos EUA, e nem depende da União Europeia. Depende pura e simplesmente de a gente querer ser grande ou continuar pequeno", afirmou Lula na presença dos presidentes do Chile, Gabriel Boric, da Colômbia, Gustavo Petro, e da China, Xi Jinping, anfitrião do encontro.
O presidente Xi Jinping destacou em seu discurso que o comércio entre a China e a América Latina ultrapassou US$ 500 bilhões (cerca de R$ 2,8 trilhões) pela primeira vez no ano passado, e que seu governo segue determinado a manter a parceria com a região.
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