Internacional
Netanyahu liga fim da guerra à saída dos palestinos de Gaza
O premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, apresentou pela primeira vez o plano de Donald Trump para Gaza como condição para encerrar a guerra. Ele disse nesta quarta-feira, 21, que a paz virá apenas quando Israel obtiver as seguintes garantias: "Que os reféns voltem para casa, o Hamas deponha as armas, deixe o poder, sua liderança seja exilada, Gaza seja desarmada e adotemos o plano de Trump, que é justo e revolucionário", disse.
O plano de Trump foi apresentado durante um encontro com Netanyahu na Casa Branca, em fevereiro. A ideia do presidente americano é que 2 milhões de palestinos deixem Gaza e busquem refúgio permanente em países vizinhos, como Jordânia e Egito, para transformar o território na "Riviera do Oriente Médio".
Especialistas, no entanto, afirmam que o deslocamento forçado se enquadraria na definição de limpeza étnica, que é considerada um crime de guerra no direito internacional. A proposta foi recebida com surpresa - Netanyahu parecia incrédulo com a sugestão.
Os ministros israelenses mais radicais elogiaram o plano. O governo de Israel já teria entrado em contato com vários países, incluindo Sudão, Somália e Síria, todos rejeitaram receber refugiados palestinos.
Mas, de acordo com o primeiro-ministro, aqueles que pedem o fim da guerra antes que essas exigências sejam atendidas querem que o Hamas permaneça no poder. Isso, segundo ele, resultaria na reestruturação do grupo terrorista, que voltaria a cometer as mesmas atrocidades, como "estupro e queima de bebês". "Ao final da operação, todos os territórios de Gaza estarão sob controle israelense e o Hamas será totalmente derrotado."
No entanto, segundo ele, para manter o apoio dos aliados, Israel deve evitar uma catástrofe humanitária em Gaza. O comentário soou como uma justificativa para permitir a entrada de ajuda humanitária no território palestino, que enfrenta forte oposição de seu gabinete de extrema direita.
Versões
Na terça-feira, 20, Israel permitiu a entrada de 100 caminhões de ajuda humanitária em Gaza, segundo o governo. Nos caminhões havia farinha, leite em pó para bebês e suprimentos médicos. Agências da ONU e grupos de distribuição de alimentos, no entanto, disseram que os carregamentos não chegaram - apenas 15 carretas teriam sido descarregadas, de acordo com comerciantes palestinos. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Mais lidas
-
1PALMEIRA DOS ÍNDIOS
Câmara de vereadores cobra Águas do Sertão por desabastecimento e debate educação, orçamento e políticas sociais
-
2NATAÇÃO
Programa olímpico de Los Angeles-2028 amplia futebol feminino, boxe e natação
-
3GOLEADA
CSA garante cota de R$ 2,3 milhões ao golear a Tuna Luso e seguir para a terceira fase da Copa do Brasil
-
4
Yago Dora e Gabriel Medina avançam em Teahupoo e continuam na briga por vaga no Finals
-
5
Polícia prende “Zé Moreno” acusado de homicídios, latrocínios e tráfico de drogas


