Os planos da União Europeia (UE) de financiar a criação do Exército ucraniano de um milhão de pessoas implicam riscos para a segurança do mesmo bloco, afirmou o primeiro-ministro húngaro à rádio Kossuth.

Orbán destacou que a Ucrânia não é politicamente estável, por isso não há garantia de que as suas autoridades e forças ucranianas sempre serão amigas da Europa.

"O exército está sempre sob a influência do governo, e a Ucrânia é um Estado político instável, ninguém pode dizer quando o governo estará lá e nós enviaremos um exército de um milhão de homens a um governo ucraniano desconhecido para nós com nosso próprio dinheiro", ressaltou ele.

Segundo o político, isso pode levar a problemas, e pode resultar em um sério risco de segurança para a Europa.

O premiê húngaro sublinhou que no final das contas a Europa vai financiar o exército cujas intenções nem sempre são amigáveis para o bloco, pelo menos não há garantia disso.

Assim, finalizou, a implementação desse plano demandará gastos colossais e a Hungria não quer que seu dinheiro seja enviado à Ucrânia e usado para apoiar as forças ucranianas.

Anteriormente, Orbán disse que a UE revisaria em breve seus planos de apoio à Ucrânia, bem como a visão do futuro da Ucrânia aprovada por 26 países em uma cúpula extraordinária da comunidade em março, após calcular o tamanho total dos custos futuros.

Segundo ele, Bruxelas está agora calculando quanto custará manter o Exército ucraniano, que o líder atual ucraniano Vladimir Zelensky supostamente quer aumentar para um milhão, para manter o funcionamento do Estado ucraniano, onde a UE paga, entre outras coisas, salários e pensões, tendo como pano de fundo os bilhões de euros necessários para rearmar a própria Europa e a possível adesão da Ucrânia à UE.