O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, disse nesta quarta-feira (26) que revogará "agressivamente" os vistos de estudantes da China. Mais cedo o governo anunciou que suspendeu os agendamentos de novos vistos para estudantes e intercambistas.

Dados do próprio governo norte-americano apontam que esses estudantes oriundos da China representam as principais fontes de receita das universidades americanas.

Em comunicado, ele destacou que a represália vai priorizar estudantes com conexões com o Partido Comunista Chinês ou que estudam em áreas críticas.

"Também revisaremos os critérios de visto para aprimorar o escrutínio de todos os futuros pedidos de visto da República Popular da China e de Hong Kong".

Universidades como Harvard reagiram com protestos. Alunos internacionais representam mais de 25% da comunidade acadêmica da instituição.

A justificativa da gestão de Donald Trump é que as universidades do país são coniventes com o antissemitismo e com atuações do Partido Comunista Chinês.

Mais cedo, os EUA anunciaram que vão restringir vistos a autoridades estrangeiras que cerceiem a liberdade de expressão dos norte-americanos.

No Brasil, a iniciativa foi vista como um recado ao ministro do STF Alexandre de Moraes. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que decisão de conceder, ou não, vistos à estrangeiros é "exclusivamente" da alçada do país que o emite.

Ontem, o governo americano anunciou que vai verificar as redes sociais de todos estrangeiros que se candidatarem a estudar nos Estados Unidos para garantir que não representem uma ameaça para o país.

O Ministério das Relações Exteriores da China declarou que Pequim solicitou a Washington que "salvaguardasse os direitos e interesses legítimos dos estudantes internacionais".