A China se opõe à decisão do governo Trump de revogar vistos para estudantes chineses sob o pretexto da segurança nacional dos EUA, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning.

Na quarta-feira (28), o secretário de Estado Marco Rubio anunciou que os EUA começarão a revogar vistos, especialmente para estudantes chineses com conexões ao Partido Comunista Chinês ou que estudam em "áreas críticas".

"A decisão dos EUA de revogar os vistos de estudante chineses é completamente injustificada. Ela se baseia em ideologia e na segurança nacional como pretexto. Ela prejudica gravemente os direitos e interesses legítimos dos estudantes da China e interrompe o intercâmbio interpessoal entre os dois países. A China se opõe firmemente e já protestou junto aos EUA contra a decisão", disse Mao em uma coletiva de imprensa.

A porta-voz também criticou duramente a medida, chamando-a de "discriminatória e politicamente motivada", o que "expõe a hipocrisia dos Estados Unidos em relação à liberdade e à abertura".

De acordo com dados do relatório Portas Abertas sobre intercâmbio educacional internacional, os estudantes chineses constituíram o maior grupo de estudantes estrangeiros nos EUA no ano acadêmico de 2023-24, representando 20% do total, ou cerca de 23.500 estudantes.

A maioria dos estudantes do gigante asiático escolheu estudar matemática e ciência da computação, bem como especialidades de engenharia e programas relacionados a negócios e administração.